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Cientista brasileiro é eleito entre os 10 maiores influenciadores mundiais da ciência em 2025

© Foto / Divulgação / FiocruzPesquisador da Fiocruz, Luciano Moreira, líder do Word Mosquito Program (WMP) no Brasil, e responsável pela introdução e condução do método no país foi eleito uma das 10 pessoas mais influentes da ciência no mundo em 2025.
Pesquisador da Fiocruz, Luciano Moreira, líder do Word Mosquito Program (WMP) no Brasil, e responsável pela introdução e condução do método no país foi eleito uma das 10 pessoas mais influentes da ciência no mundo em 2025. - Sputnik Brasil, 1920, 08.12.2025
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O pesquisador brasileiro Luciano Moreira foi eleito, nesta segunda-feira (8), um dos dez nomes que mais influenciaram a ciência em 2025, segundo a revista Nature.
A Lista, que é organizada pela revista Nature, considerada a mais influente do mundo na área científica, destaca a contribuição decisiva de Moreira para o enfrentamento de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como dengue, zika e chikungunya.
O pesquisador lidera um projeto que já demonstra impacto direto na redução dessas enfermidades e tem como meta futura eliminá-las.
Após 17 anos de estudos, sua equipe desenvolveu uma linhagem do mosquito com a bactéria Wolbachiamicroorganismo que impede o vírus de se replicar dentro do inseto, tornando-o incapaz de transmitir doenças.
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"Eu fiquei muito emocionado, quase não acreditei. Acho muito importante, no Brasil, a gente conseguir fazer pesquisas de ponta. E o que mais me dá satisfação é ver que estamos conseguindo reduzir o sofrimento e as mortes no país. Estamos mostrando como a ciência consegue ajudar tantas pessoas", diz o pesquisador em entrevista à imprensa.

De acordo com a Fiocruz, o método consiste na introdução da bactéria Wolbachia nos ovos de mosquitos Aedes aegypti, produzindo uma população de mosquitos, chamados de Wolbitos, que não são transmissores do vírus responsável pela dengue.
A Wolbachia manipula a reprodução de seus hospedeiros, ou seja, se um mosquito macho com a bactéria cruzar com a fêmea, esta fica estéril. E se a bactéria tiver sido introduzida na fêmea, 100% de sua prole nascem com ela, reduzindo a incidência de casos de dengue, zika e chikungunya.
O bloqueio da replicação desses vírus, entre outros não utiliza produtos químicos e apresenta características de manutenção autônoma na população de mosquitos ao longo do tempo, segundo as pesquisas.
Moreira trouxe a nova tecnologia da experiência que teve na Austrália, quando participou como doutorando de um programa internacional voltado para o combate à Dengue, em 2008.
No site da Fiocruz, ele conta que após as aprovações regulatórias do Ibama, da Anvisa e do comitê de ética, a instituição importou os ovos de mosquitos com Wolbachia da Austrália e fez cruzamentos com mosquitos do Brasil, para a introdução da bactéria em populações de mosquitos no país sul-americano.
Os testes começaram na cidade de Niterói (RJ) e em 2019, a tecnologia foi estendida para Campo Grande (MS), Petrolina (PE) e Belo Horizonte (MG), por meio do programa World Mosquito Program (WMP), que atualmente está presente em 14 países, de acordo com a Fiocruz.
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