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Com nova Estratégia de Segurança Nacional, EUA abandonam compromissos desfavoráveis, diz analista

© telegram SputnikBrasil / Acessar o banco de imagensMudanças explosivas na Estratégia de Segurança Nacional dos EUA ocultam foco na China, diz analista
Mudanças explosivas na Estratégia de Segurança Nacional dos EUA ocultam foco na China, diz analista - Sputnik Brasil, 1920, 08.12.2025
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Ao adotar uma nova Estratégia de Segurança Nacional, os Estados Unidos buscam se desvencilhar de obrigações que não trazem benefícios a Washington e colocam em xeque a política europeia, afirmou à Sputnik o diretor de pesquisa do Clube de Discussão Valdai, Fyodor Lukianov.
Segundo o especialista, a essência da nova doutrina de segurança dos EUA é uma tentativa de abandonar compromissos desfavoráveis. O documento, na avaliação do analista, expressa a intenção da Casa Branca de se desobrigar de responsabilidades nas relações internacionais que não gerem ganhos políticos concretos.

"Esta é uma tentativa de formular uma estratégia de segurança nacional para um país que não pode ser isolacionista na era moderna. No entanto, ela se esforça, na medida do possível, para descartar quaisquer 'ativos não essenciais', ou seja, obrigações e até ideias sobre obrigações que considera pouco vantajosas para si mesma", argumentou Lukianov.

O analista ressaltou ainda que a nova Estratégia de Segurança Nacional transforma a política externa dos EUA em relação aos aliados e pode representar um desafio de grandes proporções para a Europa.

"Há um ponto absolutamente espantoso aí [no texto da Estratégia] que os Estados Unidos devem encorajar países europeus, individualmente, a resistir às políticas atuais da União Europeia. Isto é, a se opor a medidas que, do ponto de vista dos americanos, são equivocadas, antidemocráticas, contraproducentes e assim por diante", afirmou.

Lukianov acrescentou que Washington nunca teve pudores em interferir nos assuntos internos de outros países, mas tais intervenções não tinham, até agora, um caráter revolucionário ou subversivo. Ao mesmo tempo, ainda não está claro como a Casa Branca pretende implementar essa estratégia, sublinhou.
O analista também afirmou que a nova administração norte-americana rejeita, de forma geral, todo tipo de estrutura supranacional, concentrando-se exclusivamente em seus próprios interesses nacionais. Entretanto, os países europeus dependem muito de tais estruturas, explicou ele.

Mas os países europeus têm Estados enfraquecidos. Eles não podem simplesmente anunciar hoje: 'vamos dissolver a União Europeia e voltar a viver como antes'. Não é possível retornar à situação anterior", declarou.

Na avaliação do especialista, a abordagem de Trump representa um desafio direto a todos os princípios que sustentam a política da União Europeia.
Na semana passada, a Casa Branca divulgou a atualizada Estratégia de Segurança Nacional dos Estados Unidos, documento que provocou controvérsias e divisões, sobretudo entre os países ocidentais.
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