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Funcionário do Ibama morre durante retirada de invasores da Terra Indígena no Pará

© Folhapress / Lalo de Almeida Vista aérea da aldeia Rapkô, dos índios Xikrins, na Terra Indígena Trincheira Bacajá, em São Félix do Xingu, no Pará, que teve parte de sua área invadida e desmatada por grileiros
 Vista aérea da aldeia Rapkô, dos índios Xikrins, na Terra Indígena Trincheira Bacajá, em São Félix do Xingu, no Pará, que teve parte de sua área invadida e desmatada por grileiros - Sputnik Brasil, 1920, 16.12.2025
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Um integrante do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) morreu a tiros em uma operação para retirar invasores da Terra Indígena Apyterewa, no Pará.

"Equipes que atuam na desintrusão da Terra Indígena Apyterewa, no estado do Pará, foram alvo de um ataque durante o cumprimento de decisão judicial do Supremo Tribunal Federal, no âmbito da ADPF nº 709 [Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental]", disse o Ibama, em nota. "Um colaborador que prestava apoio às equipes dos órgãos públicos foi emboscado e atingido por disparos de arma de fogo."

A nota também afirma que ele recebeu os primeiros socorros no local e foi removido de helicóptero até o hospital do município de São Félix do Xingu, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.
A determinação do STF impõe a retirada de invasores e a apreensão de gado mantido ilegalmente no interior do território tradicional a fim de garantir a posse e o direito de uso exclusivo de territórios aos povos originários.
As ações ocorrem de forma integrada, com a participação do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Ibama, Força Nacional de Segurança Pública, Polícia Civil, Polícia Militar e Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará).
Hidrelétricas e ação de invasores ameaçam áreas ocupadas por índios no Xingu - Sputnik Brasil, 1920, 12.09.2017
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Terra Indígena Apyterewa: o que vale é a lei da selva
Na terra Apyterewa, que está no topo da lista de desmatamento no país, vivem cerca de 1,6 mil famílias ilegalmente, segundo o governo, algumas envolvidas em atividades ilegais como criação de gado e garimpo.
As demarcações das terras, com 773 mil hectares de extensão, foram homologadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2007.
A ação de desintrusão foi movida em 2020 pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), com o objetivo de garantir a retirada de invasores de oito territórios indígenas em todo o país. Os Parakanã buscam expandir a área de ocupação tradicional, em um processo contínuo de reocupação e fortalecimento territorial.
A operação começou em 2023 e os índices de desmatamento e a área foi restituída ao usufruto exclusivo do povo Parakanã.
De acordo com dados do Centro de Monitoramento Remoto (CMR), da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o desmatamento na Terra Indígena Apyterewa caiu 97% no primeiro semestre de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023.
Entre 1º de janeiro e 30 de junho de 2023, foram desmatados aproximadamente 357 hectares. No mesmo intervalo de tempo, em 2024, a área desmatada correspondeu a cerca de 11 hectares.
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