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Cooperação estratégica: conheça itens militares soviéticos e russos em uso na América Latina
Cooperação estratégica: conheça itens militares soviéticos e russos em uso na América Latina
Sputnik Brasil
Uma das principais potências militares do mundo, a Rússia deve alcançar cerca de 40% de participação em projetos de tecnologia no mercado global de armas até... 18.12.2025, Sputnik Brasil
2025-12-18T02:26-0300
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Da Venezuela ao Peru, da Nicarágua ao Brasil, da Colômbia a Honduras, armas e equipamentos militares de origem soviética e russa fazem parte dos arsenais de diferentes Forças Armadas latino-americanas. Esses sistemas foram incorporados tanto como resposta a embargos impostos por potências ocidentais quanto como estratégia para ampliar soberania e autonomia operacional no Exército, Marinha e Aeronáutica.Além do histórico de compras e transferências, o mercado latino-americano voltou a ganhar peso na agenda de Moscou nos últimos anos, com o anúncio de projetos de produção conjunta e acordos de cooperação tecnológica em países como a Venezuela. Um sinal desse movimento foi o retorno da Rosoboronexport, após quase seis anos, à LAAD Defence & Security, maior feira de defesa e segurança da região, realizada em abril no Rio de Janeiro. A seguir, conheça os principais equipamentos militares soviéticos e russos em uso na América Latina:Fuzis de assalto AK-103 e produção localAs Forças Armadas da Venezuela são hoje o principal operador latino-americano do fuzil de assalto Kalashnikov AK-103, após a compra de aproximadamente 100 mil unidades. A cooperação com a Rússia avançou em 2025 com a inauguração de uma fábrica de munições e montagem de fuzis em Maracay, fruto de parceria com a estatal Rostec. A unidade tem capacidade anual para produzir 70 milhões de cartuchos, ampliando a autonomia logística do país e reduzindo a dependência de fornecedores externos.Além da Venezuela, Nicarágua e Honduras também receberam lotes do AK-103.Caças Sukhoi Su-30 e Su-35A Força Aérea da Venezuela também foi a primeira da América Latina a operar aeronaves de combate russas, após a aquisição de 24 caças Sukhoi Su-30MK2, utilizados em missões de defesa aérea e ataque. Posteriormente, o governo venezuelano manifestou interesse em ampliar a frota e chegou a anunciar encomendas do Su-35, modelo mais avançado da família Sukhoi.Como parte da cooperação, foi inaugurado no país um centro de simulação de voo para treinamento de pilotos de Su-30, reforçando a transferência de tecnologia e doutrina militar.Helicópteros Mi-17, Mi-171 e Mi-35Os helicópteros russos da família Mi estão entre os equipamentos mais utilizados na América Latina. A Venezuela opera modelos de transporte Mi-17, helicópteros de ataque Mi-35 e aeronaves pesadas Mi-26.O Peru também mantém uma frota relevante, com helicópteros Mi-171Sh para transporte de tropas e Mi-35P para ataque, utilizados especialmente em regiões de difícil acesso. Já o Brasil incorporou 12 helicópteros Mi-35 entre 2008 e 2012, além de sistemas de defesa aérea portáteis associados.Outros países como Argentina, Colômbia, Equador e México também receberam variantes do Mi-17 ao longo dos últimos anos. Em 2025, a Nicarágua anunciou a compra de novos Mi-17 e aviões de transporte Antonov, reforçando sua dependência de plataformas russas.Sistemas de defesa antiaérea e mísseis portáteisA Venezuela possui um dos sistemas de defesa aérea mais robustos da região, com a incorporação de sistemas S-300VM, além de lançadores múltiplos de foguetes BM-30 Smerch. O país também recebeu milhares de unidades do míssil portátil Igla-S, amplamente utilizado para defesa de curto alcance.Já o Brasil adquiriu sistemas Pantsir-S, além de mísseis e lançadores Igla, enquanto o Equador comprou versões exportadas do sistema Igla, conhecidas como SA-18 Grouse. A Nicarágua incorporou ainda canhões antiaéreos ZU-23-2, de origem soviética, projetados nos anos 1950, mas ainda amplamente utilizados.Tanques e veículos blindadosNo campo terrestre, a Venezuela opera tanques T-72B1, veículos de combate de infantaria BMP-3 e outros blindados russos. A Colômbia incorporou veículos blindados BTR-80, enquanto o Brasil adquiriu viaturas blindadas Tigr para uso das Forças Armadas.Há registros também de exportações de blindados russos para o Peru, embora os detalhes técnicos desses contratos não tenham sido amplamente divulgados.Armas antitanque e artilharia pesadaO Peru modernizou sua capacidade antiblindados com a compra de mísseis Kornet-E e AT-14, reforçando o poder de fogo do Exército. Já a Venezuela recebeu sistemas de artilharia pesada, como os lançadores múltiplos Smerch, capazes de atingir alvos a longas distâncias.No Brasil, a aquisição de mísseis e sistemas antitanque foi integrada ao uso dos helicópteros Mi-35, ampliando a capacidade de resposta em operações combinadas.
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Cooperação estratégica: conheça itens militares soviéticos e russos em uso na América Latina
Redação
Equipe da Sputnik Brasil
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Uma das principais potências militares do mundo, a Rússia deve alcançar cerca de 40% de participação em projetos de tecnologia no mercado global de armas até 2030, segundo dados da exportadora estatal Rosoboronexport. Entre as regiões consideradas estratégicas está a América Latina, onde a cooperação militar com Moscou ocorre há décadas.
Da Venezuela ao Peru, da Nicarágua ao Brasil, da Colômbia a Honduras, armas e equipamentos militares de origem soviética e russa fazem parte dos arsenais de diferentes
Forças Armadas latino-americanas.
Esses sistemas foram incorporados tanto como resposta a embargos impostos por potências ocidentais quanto como estratégia para ampliar soberania e autonomia operacional no Exército, Marinha e Aeronáutica.
Além do histórico de compras e transferências, o mercado latino-americano voltou a ganhar peso na agenda de Moscou nos últimos anos, com o anúncio de projetos de produção conjunta e acordos de cooperação tecnológica em
países como a Venezuela. Um sinal desse movimento foi o retorno da Rosoboronexport, após quase seis anos, à LAAD Defence & Security, maior feira de defesa e segurança da região, realizada em abril no Rio de Janeiro.
A seguir, conheça os principais
equipamentos militares soviéticos e russos em uso na América Latina:
Fuzis de assalto AK-103 e produção local
As Forças Armadas da Venezuela são hoje o principal operador latino-americano do fuzil de assalto Kalashnikov AK-103, após a compra de aproximadamente 100 mil unidades.
A cooperação com a Rússia avançou em 2025 com a inauguração de uma fábrica de munições e montagem de fuzis em Maracay, fruto de parceria com a estatal Rostec. A unidade tem capacidade anual para produzir 70 milhões de cartuchos, ampliando a autonomia logística do país e reduzindo a dependência de fornecedores externos.
Além da Venezuela, Nicarágua e Honduras também receberam lotes do AK-103.
Caças Sukhoi Su-30 e Su-35
A Força Aérea da Venezuela também foi a primeira da América Latina a operar aeronaves de combate russas, após a aquisição de 24 caças Sukhoi Su-30MK2, utilizados em missões de defesa aérea e ataque. Posteriormente, o governo venezuelano manifestou interesse em ampliar a frota e chegou a anunciar encomendas do Su-35, modelo mais avançado da família Sukhoi.
Como parte da cooperação, foi inaugurado no país um centro de simulação de voo para treinamento de pilotos de Su-30, reforçando a
transferência de tecnologia e doutrina militar.
Helicópteros Mi-17, Mi-171 e Mi-35
Os helicópteros russos da família Mi estão entre os equipamentos mais utilizados na América Latina. A Venezuela opera modelos de transporte Mi-17, helicópteros de ataque Mi-35 e aeronaves pesadas Mi-26.
O Peru também mantém uma frota relevante, com helicópteros Mi-171Sh para transporte de tropas e Mi-35P para ataque, utilizados especialmente em regiões de difícil acesso. Já o Brasil incorporou 12 helicópteros Mi-35 entre 2008 e 2012, além de sistemas de defesa aérea portáteis associados.
Outros países como Argentina, Colômbia, Equador e México também receberam variantes do Mi-17 ao longo dos últimos anos. Em 2025, a Nicarágua anunciou a compra de novos Mi-17 e aviões de transporte Antonov, reforçando sua dependência de plataformas russas.
Sistemas de defesa antiaérea e mísseis portáteis
A Venezuela possui um dos sistemas de defesa aérea mais robustos da região, com a incorporação de sistemas S-300VM, além de lançadores múltiplos de foguetes BM-30 Smerch. O país também recebeu milhares de unidades do míssil portátil Igla-S, amplamente utilizado para defesa de curto alcance.
Já o Brasil adquiriu sistemas Pantsir-S, além de mísseis e lançadores Igla, enquanto o Equador comprou versões exportadas do sistema Igla, conhecidas como SA-18 Grouse. A Nicarágua incorporou ainda canhões antiaéreos ZU-23-2, de origem soviética, projetados nos anos 1950, mas ainda amplamente utilizados.
Tanques e veículos blindados
No campo terrestre, a Venezuela opera tanques T-72B1, veículos de combate de infantaria BMP-3 e outros blindados russos. A Colômbia incorporou veículos blindados BTR-80, enquanto o Brasil adquiriu viaturas blindadas Tigr para uso das Forças Armadas.
Há registros também de
exportações de blindados russos para o Peru, embora os detalhes técnicos desses contratos não tenham sido amplamente divulgados.
Armas antitanque e artilharia pesada
O Peru modernizou sua capacidade antiblindados com a compra de mísseis Kornet-E e AT-14, reforçando o poder de fogo do Exército. Já a Venezuela recebeu sistemas de artilharia pesada, como os lançadores múltiplos Smerch, capazes de atingir alvos a longas distâncias.
No Brasil, a aquisição de mísseis e sistemas antitanque foi integrada ao uso dos helicópteros Mi-35, ampliando a capacidade de resposta em operações combinadas.
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