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Embraer nega que venda de setor de defesa afetará soberania nacional

A Embraer afirmou nesta quarta-feira (3) que uma possível venda de seu setor de defesa para a Boeing não irá afetar a segurança nacional.
Sputnik

As informações são da Folha da S. Paulo.

A afirmação sobre as implicações de uma venda para a Boeing foi prestada à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), órgão responsável por regular o mercado de ações. Uma possível venda da Embraer é discutida desde o fim de 2017 e nesta semana foi divulgado que o interesse da Boeing também incluí o setor de defesa.

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Projetos sensíveis como o futuro submarino nuclear do Brasil e a vigilância das fronteiras nacionais contam com a participação da Embraer, o que fez levantar suspeitas sobre a viabilidade de uma venda para uma empresa dos Estados Unidos.

Criada como uma companhia estatal em 1969, o Governo Federal tem a chamada "golden share" na Embraer, ou seja, vendas que ultrapassem 35% precisam de autorização da União. O presidente Michel Temer (PMDB) disse que não irá permitir uma mudança no controle acionário da companhia.

"A eventual combinação de negócios com a Boeing deve preservar, antes de mais nada, os interesses estratégicos da segurança nacional e respeitar incondicionalmente as restrições decorrentes da ação de classe especial", disse a Embraer em comunicado.

A companhia também afirmou que a golden share do Governo brasileiro será respeitada "incondicionalmente".

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