'Fim do mundo atrasado': 3 cenários apocalípticos dos cientistas mais notáveis

As previsões sobre o fim do mundo próximo aparecem com muita frequência – só em 2017 o Juízo Final foi prognosticado em agosto, outubro e novembro. Apesar disso, continuamos vivos. Então, durante quanto tempo a humanidade conseguirá sobreviver nesse planeta?
Sputnik

Vários cenários apocalípticos são considerados não só por astrólogos e adivinhadores, mas também por cientistas. Alguns deles, cujos avanços científicos inspiram confiança, também propõem opções não otimistas quanto ao futuro da humanidade.

Stephen Hawking

Hawking adverte sobre ameaça extremamente perigosa que tornará Terra inabitável
De acordo com o famoso físico britânico, Stephen Hawking, a humanidade pode desaparecer completamente até 2600. Em sua opinião, o constante crescimento da população do planeta e o aumento do consumo de energia podem resultar na transformação da Terra em uma "bola de fogo ardente" e repetir o destino de Vênus (os cientistas supõem que há 4 bilhões de anos este planeta era semelhante à Terra, ou seja, habitável).

A única opção nessa situação — buscar outro planeta apto para abrigar a vida, opina Hawking. Nessa conexão, ele recorda que o projeto Breakthrough Starshot, do qual participa, tem como objetivo criar uma frota de naves espaciais capazes de viajar para Alpha Centauri (o sistema estrelar mais próxima do Sistema Solar), e encontrar um planeta parecido com a Terra.

Superfície do planeta Vênus

Kevin Warwick

Outro cientista britânico e professor de cibernética, Kevin Warwick, hoje famoso pelo nome de "cyborg humano", pois seu corpo é dotado de chips eletrônicos RFID — Identificação por radiofrequência — (Radio Frequency IDentification, na sigla em inglês). Estes chips permitem transmitir sinais do sistema nervoso para o computador, bem como abrir portas e apagar ou acender a luz.

Warwick, por sua vez, está absolutamente convencido que, no futuro próximo, os seres humanos deixarão de ser donos da Terra e cederão posições dominantes aos robôs.

Robô Sophia que prometeu eliminar humanidade dá seus primeiros passos (VÍDEO)
Seu conceito baseia-se principalmente na hipótese de singularidade tecnológica de Raymond Kurzweil. Sua ideia principal é relacionada ao crescimento tecnológico desenfreado da superinteligência artificial, que causará mudanças irreversíveis na civilização humana. Isso significa que no momento certo, quando esta singularidade tecnológica for atingida, ou seja, quando o funcionamento de robôs e maquinaria atingir um nível muito alto, será inacessível ao entendimento humano. Nessa situação, acreditam cientistas, é impossível fazer quaisquer previsões quanto ao futuro.

De acordo com o próprio Warwick, "o futuro parece ótimo se você é um cyborg ou um robô com inteligência artificial. Se você é uma pessoa comum, seus dias estão contados".

No entanto, os cientistas estão de acordo quanto à data exata desse avanço tecnológico, mas a maioria opina que isso provavelmente acontecerá entre 2030 e 2045.

O Exterminador (imagem ilustrativa)

Frank Fenner

Vale ressaltar que o virologista australiano, Frank Fenner, falecido em 2010, cujas pesquisas o permitiram vencer a varíola, também acreditava que a humanidade acabaria dentro de 100 anos.

"Estamos à beira do desaparecimento. Independentemente do que fazemos agora — já é tarde", confirmou. De acordo com o cientista, as principais causas do desaparecimento da humanidade serão o extremo crescimento da população e "consumo desenfreado".

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