Almirante indica o que se deve fazer com armas ucranianas que permanecem na Crimeia

É necessário exigir à Ucrânia, de forma categórica, que elimine as suas munições que estão há muito fora de serviço e continuam armazenadas na Crimeia, assegurou à Sputnik o ex-comandante da Frota do Báltico (2001-2006), almirante Vladimir Valuev.
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Além disso, o militar sublinhou que a reparação dos antigos equipamentos militares que permanecem na península e que poderão ser entregues pela Rússia a Kiev custaria mais que a produção de novos.

Mais cedo, na quinta-feira (11), o presidente russo Vladimir Putin afirmou, durante uma reunião com os chefes das principais empresas de mídia, que seu país está disposto a entregar os navios de guerra e equipamentos aéreos estacionados na Crimeia à Ucrânia.

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De acordo com o líder russo, se trata de dezenas de navios e aviões de combate que podem ser devolvidos aos militares ucranianos, podendo a Rússia ajudar a transportá-los até à cidade de Odessa.

O presidente adiantou que há também um arsenal de munições bastante grande, mas ele, segundo avaliaram os especialistas russos, não pode ser transportado, apenas destruído. Putin assinalou que a Rússia está disposta a convidar militares ucranianos para participarem destes procedimentos.

"O problema da destruição das munições obsoletas na Crimeia dura já há várias décadas. Já faz muito que a Ucrânia deveria ter eliminado estas munições. Devemos colocar perante eles tal tarefa em forma de ultimato, pois munições abandonadas representam uma ameaça real. Ou eles destroem, ou, no caso de recusarem, devemos ser nós mesmos a eliminá-las", afirmou o ex-comandante da Frota do Báltico da Rússia.

Segundo Valuev, a eliminação das munições que estão fora de serviço deve ser efetuada no local, pois é um trabalho que implica altos riscos.

"Houve casos em que, mesmo com a observação escrupulosa das regras de segurança, as munições explodiram ao serem eliminadas, levando a acidentes. Por isso, após o aval russo, a Ucrânia deve colocar seu pessoal e a instalação para a eliminação de munições perto destas armas e neutralizá-las: separando o latão da pólvora e assim por diante", explicou.

O militar acredita que "seria mais caro para a Ucrânia restaurar os equipamentos que a Rússia está disposta a entregar do que construir novos".

"Já que a Ucrânia é proprietária dos armamentos e equipamentos militares em relação aos quais a Rússia não apresenta exigências, ela pode retirá-los com a ajuda russa para depois os destruir".

Para o ex-comandante, "estes equipamentos militares não podem ser restaurados e, mais provavelmente, vão para a sucata".

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