Foi esta bomba inteligente que ajudou os militares russos a eliminar o grupo terrorista que atacou há pouco a base russa de Hmeymim na Síria.
Até recentemente, os militares russos utilizavam os bombardeiros da Força Aeroespacial e os mísseis de cruzeiro Kalibr para atacar alvos na Síria. Por isso, o uso do projétil de artilharia Krasnopol se tornou uma verdadeira surpresa, escreve o jornalista Dmitry Litovkin em seu artigo para o canal russo Zvezda.
Além de ter uma carga altamente explosiva, o Krasnopol dispõe de um laser com a ajuda do qual um operador-apontador dirige o projétil ao seu alvo. O laser pode iluminar três alvos de cada vez, enquanto o número de lasers também pode ser maior, o que permite realizar um ataque maciço. Por essas razões se pode afirmar que o efeito do complexo Krasnopol é parecido com uma operação cirúrgica feita com um bisturi, opina o autor do artigo.
Litovkin sublinha que, para eliminar um posto de apoio, os soldados precisam de disparar 800 projéteis de artilharia comuns, enquanto, para cumprir a mesma tarefa com o Krasnopol, são precisos apenas 10 ou 12 projéteis.
Anteriormente, a Etiópia adquiria estas armas à Rússia. Os militares deste país foram os primeiros a relatar sua eficiência. Além disso, o projétil foi utilizado pelas tropas da OTAN no Afeganistão.
"Embora os militares ocidentais disponham do análogo norte-americano M982 Excalibur, preferiram utilizar o projétil russo. […] É provável que a nossa arma seja mais barata mas supere o M982 Excalibur em eficiência", opina Litovkin.
A operação na Síria mostrou que a Rússia tem não apenas bombardeiros e mísseis de cruzeiro, mas também armas de reação rápida, em particular, a bomba inteligente Krasnopol, que continua sendo modernizada, conclui o autor.