Como destaca o jornal The Wall Street Jornal, se referindo a fontes no Pentágono e no Congresso dos EUA, Washington opta cada vez mais frequentemente pelos caças de alta tecnologia como, por exemplo, os F-22 ou F-35. O custo de cada um destes caças é avaliado em 150 milhões de dólares (quase R$ 480 milhões), enquanto os gastos para uma hora de voo — 35 mil de dólares (cerca de R$ 112 mil).
Como alternativa se propõe usar aviões mais baratos, como, por exemplo, os caças de assalto leves Super Tucano de produção brasileira, que os EUA compram para as Forças Armadas do Afeganistão, afirmou a fonte do Pentágono.
Está sendo considerada uma variante de aviões a jato baratos e duas variantes de aviões a turboélice para as operações no Oriente Médio. O custo de um desses aviões é avaliado em 20 milhões de dólares (R$ 64 milhões) e uma hora de voo custa apenas 500 dólares (R$ 1.600) para aviões a turboélice e 3 mil (R$ 9.600) para os a jato.
O chefe do Estado-Maior da Força Aérea estadunidense, David L. Goldfein, declarou que os militares escolherão o modelo de avião adequado para as operações no Oriente Médio já este ano. No entanto, segundo estimativas de responsáveis militares, o dinheiro para a compra dos aviões será alocado apenas no orçamento do ano que vem.
O Pentágono espera que a utilização de equipamentos mais baratos estimule os aliados na Europa e América Latina na luta contra os terroristas. Segundo o jornal, Goldfein já negociou a possibilidade de criação destas esquadrilhas durante o encontro com os aliados da coalizão antiterrorista, contudo Washington ainda não apresentou a iniciativa oficialmente.
Se os aliados não quiserem comprar aviões norte-americanos eles podem contribuir cedendo pilotos para os aviões que estão no serviço da Força Aérea dos EUA. Este passo é destinado para diminuir o problema da falta de pilotos nos próprios EUA, afirmou um dos interlocutores do The Wall Street Journal.