"Representando o meu partido, me comprometo a encabeçar esse governo de transição", declarou Timochenko no ato de lançamento de campanha realizado na capital do país, Bogotá.
O ex-guerrilheiro também adiantou parte das propostas de campanha, como a criação de uma renda básica com a qual o Estado poderia subsidiar colombianos "sem recursos mínimos para se sustentar". Ele também disse apoiar um tipo de bolsa de estudos que permitisse aos cidadãos do país completarem os estudos, um projeto que o próprio partido calcula poder custar até US$358 milhões por ano.
A caminhada, porém, promete ser dura. Muitos colombianos ainda mantêm ressentimento pelas dezenas de sequestros e assassinatos promovidos pelas FARC em seus mais de 50 anos de história. Além disso, os próprios guerrilheiros podem ficar impedidos de votar pelo seu líder, já que muitos ex-combatentes ou enfrentam ordens de prisão ou se encontram "sob judice" (com resolução judicial pendente), o que os impediria de comparecer às urnas.