A rota básica pelo canal de Suez e mar Mediterrâneo está sobrecarregada. Além do mais, o Oriente Médio é uma zona instável. No fim das contas, ninguém sabe como vão se comportar os países árabes, o que é um risco grande.
Outro potencial caminho percorre América Central, entrando, aqui, o canal do Panamá ou hipotético canal da Nicarágua. Mas a utilização destes trajetos é somente vantajosa no comércio com o continente americano.
Consecutivamente, restam duas vias polares que são genuinamente estratégicas. Há Passagem do Noroeste (Northwest Passage, em inglês), que possui alguns problemas. Por exemplo, o Canadá acredita que esta via passa por suas águas territoriais. Outro aspecto a ser levado em consideração são os Estados Unidos: ninguém quer pegar um caminho comercial que seja controlado por um concorrente estratégico.
Além do trânsito, a China tem interesse na exploração dos recursos naturais do Ártico, e a Rússia procura desenvolver infraestrutura na região. Não é por acaso que a Rússia vem investindo na área militar na região, pois é necessário proteger suas riquezas. O dinheiro chinês e suas tecnologias também encontrarão aplicação na Rota Marítima do Norte.
Por isso, tanto a Rússia como a China veem a necessidade de cooperar na exploração da região. Boa vizinhança e interesses comuns são melhores formas de fortalecer a cooperação além do Ártico.