Bitcoin desvaloriza até limite psicológico: que fatores podem 'enterrar' criptomoeda?

Apesar de a primeira criptomoeda ainda ser a mais popular no mundo, cada vez mais especialistas falam que a bolha do bitcoin está à beira de estourar.
Sputnik

Roman Tkachuk, analista da corretora russa Alpari, explicou à Sputnik França que fatores podem influenciar negativamente a taxa de câmbio do bitcoin ou fazê-la recuperar.

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"Atualmente, as autoridades em todo o mundo fazem pressão sobre as criptomoedas. Isso acontece no Japão, na Coreia do Sul, nos EUA. Se os reguladores em todo o mundo continuarem a pressionar e se os criptoinvestidores e criptotraders não tiverem espaço para realizar suas operações, isso será um período difícil para as moedas digitais", disse ele.

Entretanto, segundo o especialista, mesmo neste caso o bitcoin não colapsará totalmente.

"Para o bitcoin sempre existe um mercado negro que não precisa de regulamentação", sublinhou.

Segundo Tkachuk, se o bitcoin for perseguido, não haverá muitas pessoas a usá-lo e a sua cotação não superará os 1.000 dólares (R$ 3.200). Mesmo assim, ele não desaparecerá. 

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"Se a atitude das autoridades mudar, se for autorizada a compra e venda do bitcoin nas bolsas oficiais e as criptomoedas forem usadas na economia real pelas empresas, o bitcoin, sem dúvida, recuperará as perdas", disse ele.

De acordo com o especialista, essa criptomoeda tem concorrentes fortes. O bitcoin não tem grande potencial de crescimento, enquanto o dos seus concorrentes tais como ethereum, ripple, dash, monero, é significativamente maior.  

"No máximo, o valor do bitcoin pode subir dez vezes, enquanto o preço das outras criptomoedas pode aumentar 100 ou até mais vezes", concluiu ele.

Embora em 2017 o preço do bitcoin tenha aumentado mais de 20 vezes, no mercado de criptomoedas se observa uma grande volatilidade. Por exemplo, em 17 de janeiro, o seu valor caiu mais de 25% em apenas 24 horas. Hoje (2), a moeda está sendo comercializada por menos de 9,3 mil dólares (R$ 30 mil).

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