Equador: população rejeita possível volta de Rafael Correa em referendo

A maior parte dos equatorianos decidiu em referendo neste domingo (4) que nenhum político poderá cumprir mais que dois mandatos presidenciais. A medida é um grande impacto para o ex-presidente Rafael Correa, que rondava a cena política do país e poderia voltar a ser candidato após romper com seu pupilo e atual presidente, Lenín Moreno.
Sputnik

De acordo com pesquisas de boca de urna, uma proporção de quase dois para um optou pelo limite no número de mandatos do chefe do poder executivo. 

O resultado das urnas reforça o poder de Moreno — que foi eleito com o apoio de Correa. A aliança, entretanto, começou a se desmanchar logo após Lenín assumir o cargo. Com um discurso mais centrista, alianças com empresários e diálogo com setores da mídia antes proscritos, os dois romperam e já trocaram acusações públicas. 

Correa já chamou Moreno de "traidor".

"Os dias de confronto estão atrás de nós", disse Moreno, em discurso televisionado no palácio presidencial. "Os políticos antigos não voltarão", afirmou.

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Com o resultado da votação, antigos aliados de Correa que ocupam cargos no atual governo poderão perder espaço. 

Outros seis pontos também foram votados pela população, como limites para a extração de petróleo e mineração. 

Correa afirmou que o referendo teve como objetivo destruir seu legado. "A luta continua", escreveu o ex-presidente no Twitter. "Não podemos aceitar esta ruptura constitucional". Após a eleição de Moreno, Correa ficou por meses na Bélgica, país de sua esposa, mas voltou para o Equador recentemente. 

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