Traini segue preso e está sendo investigado por tentativa de assassinato com o agravante de "ódio racial". Ele é o principal suspeito do ataque que vitimou imigrantes da Nigéria, Gana, Gâmbia e Mali, de acordo com emissora RAI.
No ano passado, Traini concorreu a uma vaga pelo partido ultranacionalista Liga do Norte nas eleições municipais, mas não foi eleito. Fontes ouvidas pela agência de notícias ANSA afirmaram que ele tem ligações com o grupo nazista Forza Nuova.
Ao ser detido, ele estava envolto em uma bandeira da Itália.
O coronel Michele Roberti, comandante da polícia em Macerata, afirmou que Traini pode ter cometido o crime como uma "vingança" ao assassinato de Pamela Mastropietro, de 18 anos. Ela foi esquartejada e seu corpo escondido em uma mala, o principal suspeito é um imigrante nigeriano.
Uma das vítimas dos tiros de Traini, identificada apenas como Jenifer, disse ao jornal La Stampa que não se sente mais segura na Itália.
"Eu nunca machuquei ninguém. Eu estava falando e rindo com outras três pessoas [quando o incidente ocorreu]", disse. "Sempre estive confortável aqui. As pessoas são amigáveis. Não sei por que esse cara atirou".
O sentimento anti-imigrante é um tema-chave nas eleições nacionais que a Itália realizará no dia 4 de março. Matteo Salvini, chefe do partido Liga do Norte, já prometeu que irá "limpar a bagunça" e expulsar 100 mil imigrantes caso chegue ao cargo de primeiro-ministro. Ele é conhecido como o "Donald Trump" italiano.