Venezuela define data das eleições e Maduro promete cumprir acordo com oposição

O Conselho Eleitoral Nacional da Venezuela anunciou nesta quarta-feira que a eleição presidencial deste ano acontecerá no dia 22 de abril.
Sputnik

"A eleição será executada em 22 de abril deste ano", disse o presidente do conselho, Tibisay Lucena, em uma conferência de imprensa televisionada.

Nada feito: oposição venezuelana desmente acordo com o governo Maduro

O governo e a oposição da Venezuela acertaram a convocação das eleições presidenciais após negociações na República Dominicana nesta semana, após as autoridades de Caracas terem decidido adiar o pleito.

Inicialmente, as eleições presidenciais eram esperadas para acontecer apenas no final de 2018.

O presidente dominicano, Danilo Medina, disse no início da quarta-feira que a oposição havia proposto 10 de junho como data de votação, enquanto o governo sugeriu 8 de março.

Maduro promete cumprir acordo

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou na quarta-feira que cumprirá todos os pontos do acordo que apenas a sua delegação assinou no processo de diálogo com a oposição na República Dominicana.

"Entreguei o pedido ao Dr. Jorge Rodríguez para publicar o acordo imediatamente e assino pessoalmente o acordo da República Dominicana […] e o cumprirei em todas as suas partes […] Eu mantenho a palavra", disse o presidente durante uma conferência de imprensa oferecida no lançamento do movimento político Somos Venezuela.

Senador de Roraima pede interrupção da migração venezuelana: 'População está aterrorizada'

O líder venezuelano repudiou que a delegação da oposição liderada pelo deputado Julio Borges recusou-se a assinar o acordo preparado com a contribuição do presidente da República Dominicana, Danilo Medina, o ministro de Relações Exteriores, Miguel Vargas, e o ex-presidente do governo espanhol José Luis Rodríguez Zapatero.

Do complexo esportivo Papa Carrillo, localizado no Estado de Miranda (norte), Maduro disse que a oposição mudou de opinião depois de receber uma ligação da Colômbia, aparentemente do secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, que estava em turnê pela América Latina.

"Julio Borges recebeu ontem um telefonema de Bogotá e falou com ele em inglês e disse à delegação da oposição: 'Não podemos assinar'", disse o presidente.

Comentar