No entanto, os dados desconsideram os descendentes das pessoas infectadas que morreram de câncer e outras doenças provocadas pela radiação. Assim, os cálculos de um representante da igreja francesa indicam 42 mil vítimas e as áreas contaminadas continuam apresentando ameaça para saúde e vida das pessoas.
O engenheiro nuclear argelino Ammar Mansuri, disse em entrevista à edição Al-Araby al-Jadeed que na verdade houve mais testes nucleares na Argélia.
"A França realizou 13 testes subterrâneos, 4 terrestres, 4 testes com plutônio e outros 35 experimentos", afirmou.
De acordo com o especialista, os documentos sobre os ensaios foram entregues ao governo argelino há apenas 10 anos, mas parte destes permanece secreta. Por essa razão não houve observações sistemáticas na região contaminada de Reggane nem foram tomadas medidas para reduzir o nível da radiação e sua influência na natureza.
Segundo declara o governo da Argélia, o território contaminado compreende uma área de aproximadamente 100 quilômetros quadrados. No entanto, os problemas vão além desta zona deserta, pois os ventos espalham partículas radioativas para territórios limpos.