Assassino português resolve dar detalhes sobre crimes no final do julgamento

Trata-se da primeira vez no processo, quando Pedro Dias, que é suspeito de ter realizado três homicídios, crimes de Aguiar da Beira e duas tentativas de assassinato, decide romper silêncio aos juízes no Tribunal da Guarda.
Sputnik

Pedro Dias reconheceu que em 11 de outubro de 2016 parou sua caminhonete em uma zona de Aguiar da Beira e, ao ser abordado por dois guardas, disparou nos oficiais. Como resultado, um deles morreu. Além disso, ele admitiu que tinha uma arma de fogo no momento.

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O réu declarou que foi atacado pelo membro da Guarda Nacional Republicana, Carlos Caetano, de 29 anos, que, consequentemente o matou, acrescentando que o guarda primeiramente lhe acertou com as algemas no pulso.

De acordo com Pedro Dias, o guarda achava que ele estava roubando alguma coisa e começou a agredi-lo. Por isso, sem querer matá-lo, ele atirou nele para acabar com as agressões.

O acusado também confessou que obrigou o segundo policial, António Ferreira, a colocar o corpo de Carlos Caetano na bagagem do carro policial. Por medo de o guarda ter algo no casaco, ele ordenou que o tirasse. "Os pensamentos eram muito confusos", admitiu o réu.

Acima de tudo, Pedro Dias acusou António Ferreira de ter assassinado o casal Pinto, Luís e Liliane, quando estava indo a Coimbra para consulta médica. "O senhor Ferreira dá um tiro sobre o tejadilho do carro da patrulha", disse, adicionando que depois ouviu vários disparos.

Finalmente, Pedro Dias admitiu ter disparado no segundo oficial António Ferreira. "Perdi a força toda e sentei-me ao lado dele. Fiquei um momento sentado, sem saber o que fazer."

Pedro Dias foi detido em 8 de novembro de 2016, sendo julgado um ano depois. A questão principal era se ele iria falar ou não, pois permanecia em silêncio desde o dia da detenção. Vale destacar que ele se entregou voluntariamente. O julgamento dele começou no dia 3 de novembro de 2017 no Tribunal de Guarda.

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