Ao reclamar do que considera um descaso com a população de Roraima, Mota afirmou que votar em favor do impeachment de Dilma, em 2016, foi "o maior equívoco" da sua vida, e que tal decisão significou colocar "uma quadrilha" no lugar.
"Infelizmente, cometi o maior equívoco da minha vida. O maior equívoco político da minha vida foi ter votado a favor desse impeachment, porque agora percebo que botei uma quadrilha ali. Quero aqui, de público, pedir desculpas, Dilma, porque você foi a melhor presidenta para o meu Estado. Lamentavelmente, essa quadrilha hoje está sacrificando o meu Estado", disse.
Ainda de acordo com o senador do PTB, um partido da base aliada de Temer, o presidente não vem demonstrando "vontade política" para resolver a crise dos refugiados venezuelanos que não param de chegar à Roraima – só em Boa Vista estima-se que mais de 40 mil venezuelanos estejam na cidade.
"No lugar de atender aos anseios do povo de Roraima, está atendendo a anseios políticos de pessoas que jogam no quanto pior, melhor, lamentavelmente", ponderou Mota.
Aliado da ex-presidente durante o seu governo, o hoje petebista (ele era do PDT) foi o último senador da base aliada da petista no Senado a mudar de posição. Embora tenha dito que Dilma não havia cometido “nenhum crime”, Mota votou a favor do impeachment.
À época, Mota alegou que havia se sentido "traído" pelos planos do PT em lançar uma candidatura própria à prefeitura de Boa Vista. Ele também declarou ter sido pressionado a atender a vontade dos seus eleitores em Roraima.