Confirmado na Argentina primeiro caso de morte por ameba que 'come cérebros'

O caso que teve lugar há um ano foi registrado na Argentina, onde menino de oito anos morreu depois de ter contraído a Naegleria fowleri, popularmente conhecida como ameba que come cérebros.
Sputnik

Como informa o jornal argentino, Clarín, trata-se do primeiro caso parecido no país. Acredita-se que a ameba possa ter chegado ao país na sequência do aquecimento global.

Segundo especialistas, citados pelo Clarín, foi "um caso isolado" e não é necessário "entrar em pânico".

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A criança contraiu a ameba em fevereiro do ano passado nadando em uma lagoa perto da província Junín, que se encontra a 320 km da capital argentina. O menino começou a apresentar dores de cabeça, febre e vômito. A criança também teve sintomas de meningite, apresentou fotofobia e sonofobia. A criança morreu dentro de cinco e sete dias após primeiros sintomas.

Na época, o caso foi informado apenas no boletim epidemiológico local, mas só na última semana a Sociedade Internacional de Doenças Infecciosas tornou o acontecido público.

Ex-presidente da Associação Parasitológica da Argentina, Sixto Raúl Costamagn, acredita que a ameba tenha chegado ao país por alterações climáticas globais.

"Pequenas variações de temperatura produzem modificações nos ciclos dos parasitas", disse.

A infecção provocada pela ameba afeta gravemente a saúde e resulta no alto grau de mortalidade. Nos EUA, foram registrados 129 casos entre 1962 e 2013, apenas duas pessoas conseguiram sobreviver.

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A ameba Naegleria fowleri se encontra principalmente em água doce, em lagos e rios. O parasita nada livremente e, em geral, entra no corpo pelo nariz, enquanto as pessoas nadam ou mergulham. Se conseguir chegar até o cérebro, provoca infecção mortal.

Os primeiros sintomas aparecem dentro de um a sete dias e podem se revelar como dor de cabeça e náusea. A doença progride rapidamente e afeta o tecido cerebral causando danos irreparáveis e morte.

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