Opositores a essa ideia organizaram uma greve geral para demonstrar sua indignação, afetando comércios, escritórios, escolas e transportes. Em Santa Cruz de la Sierra, principal centro comercial, financeiro e industrial do país, a oposição a Morales foi sentida com mais força do que na capital, La Paz. Ontem, no entanto, partidários do atual chefe de Estado tomaram as ruas da cidade, erguendo cartazes e gritando palavras de apoio à sua candidatura para as eleições do ano que vem. A expectativa é a de que novos protestos ocorram pelo país até o fim do dia.
El mensaje fue claro! #BoliviaDijoNO!!!#MaJeLo en Santa Cruz de la Sierra, Bolivia https://t.co/217pK1lvPG
— MaJeLo (@MaJeLo) 21 de fevereiro de 2018
"A mensagem foi clara! A Bolívia disse NÃO!!!", declarou um manifestante no Twitter.
Sorprendido y agradecido por masiva concentración de decenas de miles de herman@s de Santa Cruz que ratifican su apoyo decisivo a la estabilidad y continuidad del Proceso de Cambio. Ante la guerra sucia de falsedades se escucha con fuerza la voz del pueblo que expresa la verdad. pic.twitter.com/WXjUa4crhZ
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) 21 de fevereiro de 2018
Apesar de sua popularidade e das conquistas sociais e econômicas reconhecidas internacionalmente, Evo Morales foi derrotado em um referendo realizado no dia 21 de fevereiro de 2016, no qual pedia autorização ao povo boliviano para reformar a Constituição de forma a concorrer a um quarto mandato. No entanto, no final do ano passado, o Tribunal Constitucional Plurinacional da Bolívia autorizou o presidente a disputar uma nova eleição, com base em uma ação do partido governista, Movimento ao Socialismo (MAS), que argumentava que os limites de mandatos impostos violam o princípio do sufrágio universal.