"A Turquia, como integrante da OTAN, afastou-se desta organização, aproximando-se muito de uma confrontação com os EUA", disse o analista, referindo-se ao apoio de Ancara ao Exército Livre da Síria e sua confrontação com as Unidades de Proteção Popular curdas, apoiadas pelos Estados Unidos.
Além disso, as tropas turcas estão conquistando terreno no norte da Síria, "possivelmente como parte de uma conquista neo-otomana", um passo que respeita pouco o território soberano do governo de Damasco, sublinhou Sleboda.
A ofensiva lançada pela Turquia contra os curdos na região síria de Afrin, denominada ironicamente Ramo de Oliveira, é considerada pelo governo de Erdogan como uma operação antiterrorista.
Um porta-voz do presidente turco afirmou que "quaisquer forças que tomem o lado da milícia curda estão no mesmo nível das organizações terroristas. E para nós, isso os tornará alvos legítimos".
A Turquia também enviou suas forças militares para o noroeste do Iraque, contrariando o desejo das autoridades iraquianas, e um grupo naval para a zona econômica exclusiva de Chipre, irritando a Grécia e o Egito, comentou Sleboda.
"A Turquia conseguiu alienar quase todos os seus aliados anteriores e vizinhos. Estamos falando dos Estados Unidos, Rússia e da União europeia, assim como todos os países vizinhos", sublinhou.
Anteriormente, a milícia curda confirmou a entrada de tropas sírias em Afrin, onde desde 20 de janeiro a Turquia tem realizado a operação militar Ramo de Oliveira, tendo como objetivo eliminar as forças das YPG, alegadamente relacionadas ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão, que Ancara considera como grupo terrorista.