Mercado de criptomoedas estremece com artigo chinês cobrando regulamentação mais dura

O jornal oficial do Partido Comunista Chinês pediu regulamentação mais dura para a tecnologia Blockchain, utilizada para realização de movimentações em criptomoedas).
Sputnik

A manchete no jornal partidário chinês The People's Daily com o título "Três Perguntas Sobre o Blockchain", ressaltou a intenção do governo de apoiar a tecnologia de alto nível, mas ao mesmo tempo advertiu sobre uso indevido de criptomoedas.

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O artigo oferece uma visão geral elaborada do uso do blockchain (mecanismo utilizado para realização de operações financeiras com BitCoins e outras criptomoedas) em vários setores da vida, de obras de caridade e sem fins lucrativos, bem como segurança e regulação financeira.

Além disso, a reportagem pede que mídia oficial da China chame a atenção do público sobre o tema, ao mesmo tempo em que endossa as políticas oficiais atuais, ou seja, a proibição imposta pelo banco central do país, o Banco Popular da China, em todas as ofertas domésticas de moedas iniciais (ICOs).

A reportagem afirma que, devido à tecnologia ainda ser "muito imatura", o público deve ser cauteloso ao fazer especulações, ao mesmo tempo que diferencia as novidades revolucionárias de alta tecnologia e as destinadas apenas a levantar fundos.

O governo é aconselhado a tomar medidas firmes e dobrar seu envolvimento em políticas criptoeconômicas:

"Para melhor promover e utilizar a tecnologia blockchain, o governo deve implementar políticas e regulamentos reforçados", diz o texto.

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Em uma entrevista com o People's Daily, Hu Danqing, especialista em produtos tecnológicos do gigante chinês Alibaba, reiterou a necessidade de regulamento estatal.

"A maior parte do atual hype de blockchain está focada na captação de recursos e na especulação em vez de resolver verdadeiramente os problemas do mundo real com a tecnologia blockchain".

No entanto, a principal mensagem do texto, isto é, um apelo a medidas governamentais mais duras, parece inconsistente com a recente linha de ação das autoridades chinesas. No outono de 2017, o Banco Popular da China proibiu não apenas todas as ICOs, como também fechou as  plataformas de negociação de criptografia em uma indústria que valeu centenas de milhões de dólares.

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