"É preocupante notar que quatro anos atrás, a Ucrânia não precisava de um apelo humanitário. No entanto, hoje, 3,4 milhões de ucranianos precisam de assistência para sua proteção e sobrevivência, particularmente nas regiões orientais de Donetsk e Luhansk", disse a secretária-adjunta da ONU, Ursula Mueller.
De acordo com o comunicado enviado à imprensa, o conflito armado deixou 2,530 civis mortos, 9 mil feridos e cerca de 1,6 milhões de ucranianos deslocados em todo o país. Os deslocados não podem voltar para casa devido a hostilidades ou perderam meios de subsistência, enfrentando problemas de emprego e habitação em locais de destino.
Mueller observou que cerca de 200 mil pessoas vivem sob constante medo de bombardeio, enquanto milhares de pessoas atravessam a linha de contato (1 milhão de cruzamentos por mês) "enfrentando atrasos e obstáculos no acesso a serviços básicos, pensões, benefícios sociais e mercados todos os dias".
Ela também avaliou o número de idosos afetados pelo conflito na Ucrânia como os mais altos do mundo, enfatizando a necessidade de enfrentar sua situação.
Participantes na conferência também expressaram sua preocupação com a "contaminação rápida e aumentada" das áreas afetadas pelo conflito por minas e munições não detonadas.
O comissário da UE para a Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, Christos Stylianides caracterizou o apoio das pessoas afetadas pelo conflito como uma prioridade para a Europa, observando que o novo pacote de ajuda proporcionaria assistência essencial, como alimentação, saúde e educação para crianças.