Benjamin Netanyahu é novo alvo da campanha anti-israelense de Soros?

As acusações de corrupção contra o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, fazem parte da campanha de desestabilização em Israel, por trás da qual poderia estar o bilionário americano George Soros, adverte Avigdor Eskin, cientista político israelense.
Sputnik

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De acordo com Eskin, "George Soros sempre foi um inimigo sistêmico de Israel". Ademais, diz o analista, sua "Open Society Foundation [Fundação Sociedade Aberta] apoiou e continua apoiando as estruturas que minam as bases do Estado judeu". "Ele não se limita a financiar démarches anti-israelenses, mas se ingere nos processos políticos do país", frisa.

Soros "interferiu nas campanhas eleitorais em Israel para levar ao poder representantes dos liberais de esquerda", assegura Eskin. Além do mais, "o Departamento de Estado dos EUA participou ativamente desses esforços ", adianta.

"Durante a campanha eleitoral em Israel, o Departamento de Estado dos EUA pagou US$ 350 mil [mais de R$ 1,1 milhões] à organização OneVoice Internacional com o objetivo de evitar a eleição de Netanyahu. Estes fundos foram enviados para o grupo V15 em Israel, que procurou informações negativas sobre Netanyahu. Adivinhe quem fundou esta estrutura liberal globalista em 2003? Foi George Soros," nota Eskin, em seu artigo para a Sputnik.

Novo confronto entre George Soros e Benjamin Netanyahu começou no início de fevereiro de 2018, quando este lançou uma campanha de expulsão de milhares de imigrantes eritreus e sudaneses, o que levou a um intenso debate na sociedade israelense e protestos no país.

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Em 4 de fevereiro, o jornal Jerusalem Post relatou, citando uma fonte próxima a Netanyahu, que o premiê acusou George Soros de ter lançado uma campanha contra o plano de Israel para deportar os imigrantes africanos. O primeiro-ministro observou então que a fundação New Israel, centro de financiamento de ativistas da extrema-esquerda apoiado por Soros, teriam participado dessa campanha.

George Soros negou as acusações de Netanyahu, embora tenha na verdade criticado o plano de Israel, pois o bilionário é conhecido pelo seu apoio a campanhas de recepção de migrantes. Em 2015, ele publicou um artigo intitulado "Reconstruir o sistema de direito a asilo", apelando à UE para acolher milhões de requerentes de asilo.

O partido governante húngaro, Fidesz, qualificou o plano como uma tentativa de "reconstruir" a Europa.

Enquanto isso, em meados de fevereiro a polícia israelense recomendou ao Ministério Público que examinasse dois diferentes casos de corrupção relacionados com Netanyahu.

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