"Não há lugar para elas [as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk] na estrutura da Constituição ucraniana. Os Acordos de Minsk são destinados a restabelecer a soberania e a integridade territorial da Ucrânia e estas formações têm que ser dissolvidas", disse.
Ele destacou que o caminho para regularizar o conflito no Leste da Ucrânia está prescrito nos Acordos de Minsk e expressou a esperança de que a entrada da missão de paz irá ajudar a implementar estes acordos.
No entanto, Volker sublinhou o baixo nível de confiança da população de Donbass em relação a Kiev. Volker considerou que autoridades ucranianas terão que fazer um grande trabalho para restabelecer as relações com os moradores de Donbass.
Rodion Miroshnik, representante da República autoproclamada de Lugansk, comentando as palavras de Volker, destacou que, com a proposta de dissolver as repúblicas, o representante dos EUA está confundindo a causa com a consequência, já que a formação destas repúblicas foi a reação dos moradores ao golpe de Estado realizado na Ucrânia em 2014.
O parlamentar russo Konstantin Kosachev, por sua vez, sublinhou que as declarações de Volker não se enquadram de maneira nenhuma nos acordos de Minsk e fazem duvidar se ele poderá realmente dar um contributo real para o avanço na regularização do tão complexo conflito ucraniano.
Em abril de 2014 as autoridades ucranianas lançaram uma operação militar contra as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk. Segundo os últimos dados da ONU, mais de 10.000 pessoas já foram vítimas do conflito. A regulação do conflito está sendo discutida, inclusive no âmbito dos encontros do grupo de contato em Minsk, no entanto, as partes continuam denunciando violações do regime de cessar-fogo.