A fundação desenvolve atualmente 50 projetos em paralelo e tem um portfólio de 25 projetos concluídos. Os temas das pesquisas abrangem um leque variado de áreas, desde "submergir na fossa das Marianas a ir ao espaço", disse Vitaly Davydov, presidente do conselho científico da FPI, ao jornal russo Izvestia.
Entre os projetos já terminados, Davydov destacou o protótipo do motor rotativo de detonação. Junto com a empresa Energomash, a FPI construiu e testou as tecnologias deste novo tipo de motor, a ser utilizado tanto em foguetes espaciais, como em veículos aéreos.
Outro projeto famoso é o robô Fyodor, o androide projetado para ser dirigido à distância e trabalhar nas zonas de catástrofes, a pedido do Ministério das Emergências russo.
"O desenvolvimento do Fyodor está finalizado. O projeto interessou também à Roscosmos, que agora quer um robô para testar a nave espacial Federatsiya, e à Rosatom, interessada nas tecnologias usadas em condições perigosas para os humanos, por exemplo, na conservação de resíduos nucleares", explicou o especialista.
O demostrador tecnológico do "pseudosatélite" Sova – veículo autónomo de voos de longo curso a grandes altitudes – também cumpriu seu programa de testes.
Projetos em andamento
O estudo da respiração aquática continua, afirmou Davydov. Essa tecnologia pode ser usada não apenas nas operações de resgate de submarinos, que foi declarado o objetivo principal do projeto.
"Essa tecnologia pode salvar milhares de vidas. Sem falar dos tripulantes dos submarinos, há um monte de enfermidades pulmonares em que a respiração aquática pode ajudar a curar", explicou ele.
Outro projeto promissor seria o arrefecimento rápido do corpo, às vezes necessário para desacelerar o metabolismo e assim dar mais tempo para uma intervenção médica.
A Fundação tem também projetos informáticos. No âmbito da substituição de importações, o FPI criou o software de engenharia russo que será integrado nos processos de projeção da Rosatom e Roscosmos.
Finalmente, Davydov falou sobre os avanços no campo das telecomunicações quânticas. O gerente lembrou o primeiro grande avanço em 2016, quando foi estabelecida a linha quântica de 30 quilômetros e revelou planos para experiências atmosféricas e espaciais.
"O FPI está estudando os problemas da computação quântica e da criação do equipamento necessário para usá-lo. Enquanto as experiências da China atualmente dominam as manchetes da mídia, também não estamos parados", concluiu ele.