Quando o atual mandatário deixar o poder, em 19 de abril, será a primeira vez em quase seis décadas que o poder na ilha caribenha caberá a alguém que não tenha o sobrenome Castro.
As mudanças, todavia, não devem ser drásticas. Pouco antes do pleito começar, o ministério das Relações Exteriores foi ao Twitter falar sobre a transição:
"Alguns ouvem músicas de sirenes e anunciam o fim da 'era Castro'", afirmou a chancelaria cubana. "O próximo presidente não terá esse sobrenome. Mas, sem dúvida, será um filho da Revolução".
Os candidatos propostos podem ou não ser membros do PCC e provêm tanto de eleições locais quanto de organizações sindicais e estudantis pró-governo.
"Não concorrem partidos políticos, nem se financiam campanhas. A base para propor e eleger os candidatos é o mérito, a capacidade e o compromisso do povo", disse Raúl Castro em 2017.
Na lista, está garantida a cúpula do PCC, incluindo Castro, os líderes históricos da Revolução e 322 mulheres.
"Ninguém troca promessas por votos, ou faz publicidade de sua capacidade de conseguir apoiadores (…) Este é o rosto verdadeiro e excepcional do que chamamos orgulhosamente de democracia socialista", escreveu o jornal estatal Granma.
Após as eleições, a Assembleia Nacional irá escolher 31 membros para o Conselho de Estado, que selecionam, entre eles, o novo presidente.
"Sempre haverá presidente em Cuba defendendo a Revolução, e serão companheiros que sairão do povo", disse ele, em novembro passado.
Díaz Canel é engenheiro e subiu na hierarquia do PCC ao longo de três décadas.
Já Raúl Castro, de 86 anos, deve seguir como primeiro-secretário do PCC até 2021.