"Essa declaração é uma mistura de ingenuidade infantil com incompetência profissional", afirmou ele ao ser questionado pelo diretor geral da agência de informação Rossiya Segodnya, Dmitry Kiselev, sobre o plano do governo britânico de minar as capacidades da inteligência russa na Grã-Bretanha.
A atual escalada das tensões entre Londres e Moscou teve início com o envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal, e de sua filha, Yulia, na cidade inglesa de Salisbury, no último dia 4. Culpando a Rússia pelo incidente, já que Skripal havia sido condenado na Rússia por traição e vive há anos como asilado na Inglaterra, as autoridades britânicas decidiram expulsar 23 diplomatas russos do Reino Unido. Segundo May, isso contribuirá para "desmantelar a rede de espionagem russa" em seu país.
Negando qualquer participação no evento, o Kremlin se ofereceu para ajudar nas investigações, pedindo acesso a amostras do suposto agente neurotóxico que teria sido usado contra as vítimas, mas Londres se negou a cooperar.
"Basicamente, eu acredito que esses tipos de declarações são inaceitáveis para a Secretaria de Relações Exteriores", disse o embaixador em entrevista à mídia britânica, se referindo à afirmação de Johnson de que, muito provavelmente, o presidente russo, Vladimir Putin, teria ordenado pessoalmente o ataque contra o ex-espião. Segundo Yakovenko, além de não existir qualquer tipo de evidência do envolvimento de Moscou no incidente, o Reino Unido está bloqueando o acesso das autoridades russas à investigação, ignorando o fato de que Yulia Skripal é uma cidadã russa.