O comunicado oficial da Agência de Cooperação em Defesa e Segurança dos Estados Unidos (DSCA, na sigla em inglês) informou que a venda dos complexos de mísseis antitanque Javelin contribuirá para a política externa e a segurança nacional dos Estados Unidos, porque "aumentará a segurança da Ucrânia". Davis, por sua vez, sublinhou que Kiev não é aliado de Washington, por isso não é claro se vale a pena, desta forma, pôr em risco as relações com a Rússia.
"Uma aliança militar constitui um compromisso em que devemos sacrificar nossos compatriotas para benefício dos nossos aliados. Para fazer um sacrifício tão significativo, deve haver um interesse nacional vital para os EUA. Além disso, a outra parte também deve estar pronta para sacrificar algo em prol da segurança dos EUA. Nenhum desses fatores existe neste caso. Somente Kiev fica a ganhar, enquanto os EUA assumem todos os riscos", explicou o analista.
Anteriormente, o Departamento de Estado dos EUA aprovou o fornecimento de 37 complexos antimísseis Javelin e 210 mísseis no valor de 47 milhões de dólares (R$ 154 milhões).
A Rússia repudiou repetidamente os planos de fornecimento de armas à Ucrânia, afirmando que tal decisão levará a uma escalada do conflito em Donbass. Como afirmou o porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, o fornecimento de armas à Ucrânia não contribuirá para a solução da crise em Donbass, tampouco para a implementação dos Acordos de Minsk.