O diplomata reafirmou a posição da premiê britânica, Theresa May, ao assinalar que "esmagadoramente" o presidente russo, Vladimir Putin, teria coordenado diretamente o incidente em Salisbury.
"Nossas divergências têm a ver com o Kremlin de Putin e suas decisões, e nós pensamos esmagadoramente que tenha sido uma decisão dele, ou seja, coordenar o uso de um agente neurotóxico nas ruas do Reino Unido, nas ruas da Europa pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial", assinalou o chanceler britânico.
Para Boris Johnson, Rússia teria envenenado ex-espião para intimidar.
"O motivo do uso dessa substância neurotóxica é demonstrar para as pessoas em suas agências e em seus serviços que pensam em se tornar traidoras, que pensam em passar a compartilhar outros valores, que a Rússia vai vingar", disse.
Por sua vez, Moscou desmente quaisquer acusações, sugerindo, além do mais, realização de uma investigação conjunta do incidente com Londres.
De fato, Londres ignorou as afirmações de Moscou e nesta quarta-feira (14) anunciou a introdução de um pacote de medidas contra a Rússia. Assim, o Reino Unido exigiu expulsão de 23 diplomatas russos, sem contar na suspensão de todos os contatos bilaterais. Além disso, o país não pretende mais receber o chanceler russo, Sergei Lavrov, na capital britânica, tendo-o convidado anteriormente.