Há 15 anos, exatamente no dia 20 de março de 2002, a coalizão liderada pelos EUA iniciou operação militar contra o Iraque, denominada "Liberdade do Iraque". A intervenção no Iraque se tornou um erro estratégico do então presidente dos EUA George W. Bush, opinou para a Sputnik Zhang Deguang, ex-chanceler chinês.
"Bush cometeu um grande erro estratégico. As tropas invadiram o Iraque sem aprovação do Conselho de Segurança da ONU, o que é inaceitável. Hoje, muitos especialistas norte-americanos, incluindo os antigos companheiros de Bush, como, por exemplo, Tony Blair [ex-primeiro-ministro britânico], reconhecem o erro. Trata-se das informações erradas de que Saddam Hussein [ex-presidente do Iraque] tinha armas de destruição em massa. Baseando-se nesta mentira, eles lançaram sua agressão, ou seja, ocuparam o Iraque", explicou ele à Sputnik China.
Entretanto, o plano dos EUA no Iraque não deu certo. Além disso, a China se tornou o maior país comprador de petróleo iraquiano. Pequim importa mais da metade do volume de petróleo, produzido no Iraque.
Para o Iraque, a China á uma boa parceira, porque Pequim não intervém nos assuntos internos do país, afirmou o cientista político russo Igor Chatrov.
"Pequim possui apenas interesses econômicos. E assim, suas empresas petrolíferas entram mais facilmente em outros países. Oferecem condições favoráveis, não perseguem elevadas margens de lucro", revelou.
O especialista em ciências políticas, Boris Dolgov, declarou que as relações entre a China e o Iraque são mutuamente vantajosas.
"As empresas chinesas participam do desenvolvimento do setor petrolífero iraquiano, promovem investimentos chineses na região, bem como seus interesses financeiros e políticos. Essa política traz vantagens para a China. Os EUA não podem impedir o aumento da presença chinesa na região, embora tentem estabelecer sua presença na zona através da força", sublinhou.
Segundo os especialistas, a mesma situação terá lugar na Síria. Há possibilidade de a China reforçar sua diplomacia econômica no país: o capital chinês pode conquistar novos nichos no mercado sírio.