'Não teremos medo e não nos esconderemos': China alerta EUA sobre guerra comercial

A China não quer entrar em uma guerra comercial com os Estados Unidos, mas se esse cenário se tornar realidade, Pequim não "terá medo" de introduzir medidas fortes de retaliação, disse nesta quarta-feira (21) a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying.
Sputnik

Na segunda-feira (19), o jornal Washington Post informou que o presidente dos EUA, Donald Trump, estava planejando anunciar tarifas de US$ 60 bilhões ao ano contra a China até a sexta-feira (23) por violação de propriedade intelectual. O novo pacote tarifário poderia afetar mais de 100 produtos.

"A China não quer participar de guerras comerciais, mas se alguém nos obrigar a participar dessa guerra, não teremos medo e não nos esconderemos. Se os Estados Unidos tomarem medidas que prejudiquem nossos interesses, definitivamente tomaremos medidas fortes para proteger totalmente nossos direitos e interesses legais", disse Hua em uma coletiva de imprensa.

Pequim acredita que os dois países devem abrir seus mercados um para o outro e se concentrar em ampliar a cooperação, destacou o porta-voz.

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"Quero ressaltar que as relações econômicas são mutuamente benéficas, a cooperação entre os dois países há mais de 40 anos criou o maior mercado e forneceu um grande número de empregos. […] Se os Estados Unidos não tivessem se beneficiado da cooperação econômica com a China, o comércio entre a China e os Estados Unidos não teriam crescido tão rápido", acrescentou Hua.

No início de março, Trump assinou uma ordem que impôs tarifas de importação de 25% sobre o aço de 10% sobre o alumínio. O decreto entrará em vigor em 23 de março. A escolha de Trump foi duramente criticada pelos principais parceiros comerciais de Washington, particularmente Canadá, China e União Europeia, que acusaram Trump de protecionismo excessivo e prometeram dar respostas à altura.

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