Damasco se prepara para contra-atacar EUA, diz analista

O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman Al Saud, em visita oficial à Casa Branca, encontrou-se com o presidente Donald Trump na última terça-feira (20). Especialistas árabes acreditam que esse encontro possa vir a influenciar situação da Síria e de todo o Oriente Médio.
Sputnik

Como é possível prevenir ataque dos EUA contra Damasco? Analista explica
O cientista político Salem Zahran afirmou à Sputnik Árabe que são esperados dois possíveis ataques a Damasco.

Zahran disse que visitou recentemente Damasco e se encontrou várias vezes com autoridades sírias. Segundo ele, pode-se afirmar que Damasco está se preparando para contra-atacar.

De acordo com o especialista libanês, pessoas comuns de Damasco não estão atentas às inúmeras ameaças dos EUA, a vida segue de modo habitual. No entanto, na esfera oficial, autoridades e militares consideram duas opções principais para o ataque à Síria.

"Em primeiro lugar, pode ser um ataque com mísseis em decorrência do encontro do príncipe árabe com o presidente norte-americano. Depois do último encontro, a base aérea síria de Shayrat foi atingida. Nesse caso, a resposta da Síria não será dirigida contra o Daesh ou contra a Frente al-Nusra, mas será direcionada para as bases americanas no território da Síria. Elas já estão marcadas nos mapas como possíveis alvos para o contra-ataque", explica o especialista.

"Em segundo lugar, as autoridades sírias esperam uma intensificação da guerra psicológica e de informação para intimidar a Síria. A presença de Bashar Assad em Ghouta Oriental foi um aviso de tal ataque", acrescentou.

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Em relação a um possível ataque de Israel, o especialista comentou que o país participaria da guerra sob três condições: se os EUA liderarem a campanha militar, se outros países da OTAN participarem ou se alguns países árabes apoiarem oficialmente o ataque.

"Não acredito que Israel inicie uma guerra por conta própria", reforçou Salem Zahran.

Finalizando, o especialista destacou a importância de Moscou no confronto.

"Hoje a Rússia escreve a história, devolvendo o equilíbrio à arena política. A unipolaridade americana está ficando no passado", destacou.

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