Kremlin: Reino Unido se recusa a admitir ausência de armas químicas na Rússia

Londres não está disposta a aceitar o fato de não existirem armas químicas na Rússia na situação em torno do envenenamento do ex-coronel do GRU Sergei Skripal, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Sputnik

O porta-voz destaca que Rússia destruiu todo o seu arsenal de armas químicas, o que foi confirmado pela Organização para a Proibição de Armas Químicas.

Entretanto, ele notou que o embaixador do Reino Unido na Rússia, Laurie Bristow, não assistiu o briefing organizado especialmente para os embaixadores estrangeiros, convocado pelo ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.

"Não vimos o embaixador do Reino Unido lá [no briefing]. Se o Reino unido possui questões a colocar, então por que o embaixador britânico não vem e não ouve as respostas? Parece que eles colocam questões mas não estão dispostos a ouvir as respostas. Parece que fazem perguntas, mas já fizeram o seu juízo antes disso. Isto não é justo", declarou Peskov em uma entrevista com o canal RT.

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Além disso, ele sublinhou que "tais ações contradizem completamente o direito internacional, as regras internacionais de comportamento e da diplomacia. É uma falta de vontade de aceitar a realidade, ou seja, a ausência de armas químicas na Rússia".

Ademais, o político indicou que as teorias conspiratórias acerca dos motivos que a Rússia alegadamente teve para envenenar o ex-agente Skripal, são "artificialmente construídas".

"Estas são teorias artificialmente construídas. Primeiramente, vale a pena lembrar o ponto inicial no discurso do presidente [Vladimir] Putin de que Rússia tem nada a ver com esse acidente", disse.

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O ex-oficial da inteligência militar russa, Sergei Skripak, e sua filha Yulia foram encontrados inconscientes em 4 de março perto de um shopping na cidade de Salisbury.

Ambos estão em condição crítica desde 4 de março, sendo tratados por exposição ao que os especialistas do Reino Unido dizem ser agente nervoso A234. O Reino Unido afirmou que a substância era um agente nervoso desenvolvido na União Soviética.

A Rússia repetidamente negou todas as acusações de envolvimento no ataque ao ex-agente. No domingo (18), Vladimir Putin afirmou que  todas as armas químicas russas foram destruídas com supervisão de observadores internacionais.

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