Pesquisa: Maioria dos franceses quer posição mais dura de Macron com islamismo

Participantes de duas pesquisas publicadas nesta sexta-feira, apoiaram maciçamente a repressão aos islamitas radicais, incluindo a proibição do Islã ultraconservador, a detenção de suspeitos de abrigar extremistas e a expulsão de radicais estrangeiros. Mais da metade deles criticou Emmanuel Macron por não fazer o suficiente sobre o assunto.
Sputnik

87% dos participantes em uma pesquisa Odoxa querem que os suspeitos de radicalização religiosa sejam detidos por suas atividades, com um número comparável endossando a proibição do Islã Salafista, um ramo ultraconservador da religião que foi adotado pelo Daesh (autodenominado Estado Islâmico) como sua ideologia. O sistema de crenças rejeita os valores ocidentais modernos e condena aqueles que eles consideram “descrentes”.

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Uma pesquisa de Elabe revelou que a maioria acha que o que Macron está fazendo não é suficiente.

No entanto, as expectativas em qualquer um dos partidos da oposição não são 31% dos entrevistados acham que o partido Frente Nacional, de direita, poderia fazer um trabalho melhor, enquanto 39% acham que não seria diferente. 80% dos participantes afirmaram que os estrangeiros radicalizados deveriam ser deportados.

Volta para casa

A pesquisa aconteceu logo após o mortal ataque terrorista na cidade de Trebes, sul da França, em 23 de março. Um cidadão marroquino de 26 anos de idade, com cidadania francesa, fez várias pessoas como reféns em um supermercado. Ele assassinou quatro delas, incluindo um policial que se transformou em refém.

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O terrorista foi morto pela polícia, mas alimentou o debate sobre o contra-terrorismo e como lidar com o influxo de migrantes. Além dos refugiados que fogem de conflitos e situações humanitárias no Oriente Médio e na África, as autoridades francesas esperam que mais de 250 ex-combatentes do Daesh, que deixaram a Europa para se juntar ao grupo terrorista na Síria e no Iraque, retornem.

"Islamismo à francesa"

A tradicional França católica tem a maior comunidade muçulmana da Europa, contando com mais de 5 milhões de pessoas. Vários presidentes franceses tentaram integrar membros da comunidade islâmica da França em sua sociedade oficialmente secular, promover os valores franceses em sua comunidade e combatendo o extremismo e a radicalização. Os esforços para criar uma versão francesa do Islã até agora se mostraram sem sucesso.

Emmanuel Macron, eleito presidente em 2017, comprometeu-se com a tarefa e revelou suas intenções de criar um "Islã da França" na entrevista ao jornal francês Journal du Dimanche, há um mês.

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Ele planeja "estabelecer marcadores em todo o caminho no qual o Islã é organizado na França". A reforma ainda não tomou corpo, mas Macron disse que planeja definir todos os pontos-chave nos primeiros seis meses de 2018.

A agenda anti-migração foi o principal pilar da sua principal rival nas eleições de 2017, Marine Le Pen, que ficou em segundo lugar. A líder da Frente Nacional de direita exigiu a deportação de todos os estrangeiros incluídos nas listas de vigilância do extremismo compiladas pela inteligência francesa.

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