Possível retaliação pode evitar fechamento de consulado da Rússia em Nova York

É improvável que os Estados Unidos fechem o Consulado Geral da Rússia na cidade de Nova York, já que Washington entende que isso poderia levar a uma resposta similar de Moscou, disse à Sputnik o ex-embaixador da Rússia nos Estados Unidos, Sergey Kislyak.
Sputnik

Na quinta-feira (29), o Ministério das Relações Exteriores da Rússia anunciou o fechamento do Consulado Geral dos EUA em São Petersburgo e a expulsão de 60 diplomatas norte-americanos, ao que Washington respondeu fechando o Consulado Geral russo em Seattle e ordenando que 60 diplomátas russos deixassem o país devido ao escândalo do envenenamento de Sergei Skripal.

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"Teoricamente, acho que tudo é possível. Na prática, acho que não, porque eles entendem — são pessoas sérias — que ao fechar o consulado estão justificando o fechamento de seu próprio consulado", disse Kislyak, quando perguntado se os Estados Unidos poderiam fechar o consulado russo em Nova York.

Kislyak condenou o fechamento do consulado russo em Seattle como um ato "não digno de um grande país".

"Pessoalmente, com relação ao trabalho do consulado em Seattle, o que mais me entristeceu foi que a Costa Oeste tem um grande número de cidadãos [russos] que, por vários motivos, moram nos Estados Unidos. Sua comunicação com o consulado é muito importante para a solução de problemas práticos e, às vezes, problemas mais sériosdisse. Então, o que os Estados Unidos estão fazendo não é deixar nem cidadãos norte-americanos de origem russa a possibilidade de se comunicar com sua pátria de maneira calma e regular ", disse Kislyak.

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O ex-embaixador acrescentou que as missões diplomáticas russas remanescentes precisam manter a calma e continuar cumprindo suas obrigações nos Estados Unidos. A Rússia mantém consulados gerais em Nova York e Houston, além da Embaixada em Washington.

Os Estados Unidos e vários outros países tomaram medidas contra a Rússia em uma demonstração de solidariedade ao Reino Unido, que está acusando Moscou de ter organizado o envenenamento do ex-agente duplo russo Sergei Skripal e sua filha, Yulia Skripal, na cidade britânica de Salisbury. Moscou negou todas as acusações, apontando que Londres não forneceu nenhuma prova.

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