Imprensa: soldados israelenses atiram em menino palestino de 12 anos

Um menino palestino de 12 anos de idade foi ferido por forças israelenses que abriram fogo contra uma multidão de manifestantes durante os protestos em andamento, exigindo que Israel devolva terras palestinas ilegalmente confiscadas em 1948.
Sputnik

Um menino palestino foi hospitalizado em Gaza com um ferimento de bala neste domingo, informou o Jerusalem Post. O garoto disse que achava que estava seguro no protesto, desde que não tocasse na barreira nem atirasse pedras.

"Eu estava lá quando senti algo bater na minha perna e isso me empurrou para o chão", disse o menino, Bashar Wahdan, a repórteres. Segundo a Jpost.com, a bala cortou os vasos sanguíneos e quebrou um osso.

2º dia de protestos tem 36 palestinos baleados na Faixa de Gaza
O pai do menino alegou que ele não sabia da presença do filho no protesto.

No domingo, Ashraf al-Qidra, porta-voz do Ministério da Saúde palestino, dirigido pelo Hamas, disse que outro soldado foi baleado na cabeça por forças israelenses. Uma foto divulgada pelo Centro de Informação Palestina, ligado ao Hamas, mostra um garoto palestino em um hospital em Gaza com um curativo na cabeça.

Al-Qidra não especificou o nome ou a idade do menino.

De acordo com o site de notícias oficial da Autoridade Palestina, Wafa, o menino foi ferido durante os confrontos.

As Forças de Defesa de Israel negam com frequência as acusações de terem disparado contra crianças, e um porta-voz da organização afirmou que soldados israelenses "abriram fogo contra dois suspeitos no sul de Gaza que se aproximaram da cerca e ameaçaram a segurança de Israel".

Segundo al-Qidra, Israel, sob a administração do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, matou 15 palestinos que participaram do protesto na sexta-feira. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 1.400 palestinos foram feridos na área por disparos de atiradores israelenses desde o início da manifestação. Mais de duas dezenas de manifestantes palestinos ficaram feridos no sábado.

A Rússia, a França e o Vaticano condenaram oficialmente o uso contínuo de violência por parte de Israel.

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