Senado russo aponta principais interferências externas nas eleições presidenciais

A Comissão de Defesa da Soberania Estatal do Conselho da Federação (câmara alta do parlamento russo) definiu as direções de interferência externa contra a soberania eleitoral da Rússia, informou o chefe da Comissão, Andrei Klimov.
Sputnik

"Esses fatos ocorreram, eles foram detectados", declarou o senador.

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Segundo Klimov, trata-se de "pesquisas sociais sobre a atitude dos cidadãos em relação aos dirigentes do país, e da região, realizadas com financiamento estrangeiro".

O político disse que se trata de tentativas de impor a certos candidatos à Presidência russa, incluindo os que não podem ser registrados com base na legislação vigente do país.

"A transmissão em idiomas dos povos da Rússia para o território do nosso país com uma propaganda aberta visa influenciar a participação dos cidadãos na votação", explicou Klimov, sublinhando que este tipo de ações ocorreu inclusive no "Dia do Silêncio" em 17 de março, na véspera das presidenciais passadas.

O senador também mencionou as medidas das autoridades da Ucrânia, que impediram a votação dos cidadãos russos no território ucraniano, ressaltando que isso afetou 72 mil eleitores.

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Mais uma direção de interferências foram os ciberataques contra serviços informáticos da Comissão Eleitoral Central, o financiamento do exterior de participantes ativos do processo eleitoral que não eram candidatos, indicou.

"A declaração sobre não reconhecimento das eleições na Crimeia e Sevastopol também é uma tentativa de intromissão na votação de fora", comentou.

Além disso, Klimov recordou a fabricação de situações especiais no exterior antes das eleições com o objetivo de estimular a divisão na sociedade russa, na elite empresarial e política. Como exemplo, Klimov citou a publicação dos Estados Unidos da chamada "Lista do Kremlin" com 114 nomes de altos funcionários da Rússia e 96 grandes empreendedores que poderiam ser alvo de sanções, escândalos esportivos de doping envolvendo Moscou; o recente caso Skripal do ex-espião russo, bem como a campanha de difamação na mídia e redes sociais estrangeiras contra a gestão do presidente russo, Vladimir Putin, entre outras.

Nas eleições presidenciais que decorreram em 18 de março, Putin foi reeleito com mais de 76% dos votos para um novo mandato de seis anos.

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