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PT afirma que STF 'rasgou a constituição' e mantém candidatura de Lula

Em nota oficial, o Partido dos Trabalhadores (PT) criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de negar o habeas corpus ao ex-presidente Lula e afirmou que a "constituição foi rasgada" em um "dia trágico para a democracia e para o Brasil".
Sputnik

"Nossa Constituição foi rasgada por quem deveria defendê-la e a maioria do Supremo Tribunal Federal sancionou mais uma violência contra o maior líder popular do país, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva", lamenta o PT em comunicado publicado no site do partido.

O texto afirmou que ao ex-presidente foi negado o direito de defesa em liberdade e acusou a imprensa, mais especificamente a Globo, por ter pressonado o judiciário.  

"Ao negar a Lula um direito que é de todo cidadão, o de defender-se em liberdade até a última instância, a maioria do STF ajoelhou-se ante a pressão escandalosamente orquestrada pela Rede Globo."

O partido afirma que a decisão do STF foi política e econômica, e que o presidente foi condenado sem provas por juízes "notoriamente parciais".

Reafirmando a inocência de Lula, o PT garantiu que não pretende desistir da candidatura do político. 

"O povo brasileiro tem o direito de votar em Lula, o candidato da esperança. O PT defenderá esta candidatura nas ruas e em todas as instâncias, até as últimas consequências."

Nesta quarta-feira, por 6 votos a 5, o STF negou o habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que impediria uma eventual prisão após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça Federal.

Supremo nega habeas corpus preventivo a Lula
Lula foi condenado em julho do ano passado a nove anos e seis meses de prisão pelo juiz federal Sérgio Moro. No início deste ano, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) aumentou a pena de Lula para 12 anos e um mês no âmbito da ação penal referente ao triplex do Guarujá (SP), na Operação Lava Jato.

Com habeas corpus negado, Sérgio Moro fica responsável por determinar a prisão do político. A medida, porém, não é automática, pois um recurso na segunda instância da Justiça Federal, no TRF4, ainda está pendente.

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