Cientistas internacionais se mostraram preocupados com a possibilidade de o maior laboratório da maior universidade sul-coreana estar colaborando com a principal companhia da área de defesa Hanwha Systems para "acelerar a corrida armamentista" com desenvolvimento de armas autônomas.
"Declaramos publicamente que vamos boicotar todas as colaborações com qualquer parte do KAIST até que o presidente da universidade garanta o que solicitamos, mas que até então não foi recebido por nós, que o Centro não vai desenvolver armas autônomas sem controle humano", diz-se na carta.
A carta precede a reunião das Nações Unidas em Genebra, que será realizada na semana que vem, sobre armas autônomas. Vale destacar que mais de 24 países se opuseram à criação de robôs assassinos. O uso de inteligência artificial na esfera militar provocou receios de que armas autônomas possam não ser capazes de distinguir amigo de inimigo.
"Como instituição acadêmica, valorizamos os direitos humanos e padrões éticos ao mais alto nível", disse o presidente do KAIST, Sung-Chul shin, em uma declaração, lamentando por saber que estão boicotando sua instituição. "Reitero que o KAIST não vai conduzir nenhuma atividade científica que possa vir a desafiar a dignidade humana, incluindo armas autônomas sem controle humano."