Rússia acusa EUA, França e Reino Unido de ameaçar Moscou e instigar tensão internacional

O Conselho de Segurança da ONU realizou uma reunião de emergência nesta segunda-feira (9) para discutir os mais recentes desenvolvimentos no conflito da Síria, em particular, o suposto ataque químico na cidade de Douma.
Sputnik

O embaixador da Rússia, Vasily Nebenzya, declarou que a Rússia tem sido "imperdoavelmente ameaçada" desde que os supostos ataques químicos ocorreram na cidade síria de Douma. Segundo ele, estes países estão "usando um grande arsenal de métodos que não era usado nem mesmo durante a Guerra Fria". 

"A liderança dos Estados Unidos, Reino Unido e França, sem qualquer razão e sem pensar nas consequências, realizam uma linha de confronto em relação à Rússia, e incentiva os outros a fazê-lo", disse ele em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a situação na Síria.

Segundo ele, entre o "vasto arsenal de métodos", os países ocidentais fazem uso de "calúnias, insultos, retórica belicosa, chantagens, sanções e ameaças de usar a força contra um Estado soberano". 

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Além disso, o representante permanente russo nas Nações Unidas falou detalhadamente sobre as ações dos destróieres norte-americanos no Mediterrâneo em abril de 2017, que realizaram um ataque de míssil na base aérea síria de Shayrat. Segundo o diplomata, a análise das ações dos navios mostrou que os EUA "prepararam sua operação com antecedência".

O Ocidente acusa Damasco de supostamente ter realizado um ataque químico na cidade síria de Douma. Moscou refutou informações sobre a bomba de cloro supostamente lançada pelos militares sírios. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou que o objetivo das acusações de uso de substâncias químicas pelas tropas da Síria é proteger os terroristas e justificar possíveis ataques do exterior.

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