Ex-chefe da inteligência israelense comenta ataque de Israel à base síria

O ex-chefe da inteligência militar israelense, Amos Yadlin, qualificou o ataque à base síria como episódio da luta de Israel contra presença militar iraniana em suas fronteiras do norte.
Sputnik

As autoridades políticas e militares do país não desmentiram nem confirmaram envolvimento no ataque à base T-4 síria, que, dois meses atrás, foi alvo de bombardeio israelense por ser um provável local de posicionamento de drones iranianos. 

"O ataque, comunicado anteriormente, foi realizado na madrugada passada contra a T-4. É um confronto de dois lados: intenções do Irã de reforçar suas posições na Síria e a firmeza de Israel de não permitir que isso aconteça. Trata-se do primeiro ataque aéreo conhecido desde os incidentes de 10 de fevereiro", lê-se no comentário de Yadlin, publicado nas redes sociais. 

Há dois meses, a Força Aérea israelense afirmou ter derrubado um drone iraniano que invadiu o espaço aéreo do país, e prosseguiu atacando a base T-4, de onde, segundo dados deles, o drone foi lançado. Tendo um caça derrubado, israelenses realizaram ataques a outros alvos no território da Síria, incluindo baterias de defesa antiaérea perto de Damasco. 

Rússia: Israel foi o responsável por ataque contra base síria
Desta vez, foi o Ministério da Defesa russo que responsabilizou a Força Aérea israelense pelo ataque aéreo à instalação militar síria. De acordo com o ministério, dois caças F-15 lançaram 8 mísseis contra a T-4, dentre eles, cinco foram abatidos.

Inicialmente, a mídia síria apontou para os EUA como suspeitos no ataque, que vêm culpando as autoridades sírias do uso de armas químicas e vêm ameaçando com medidas retaliatórias. 

"Contudo, os EUA afirmaram não estar envolvidos, uma vez que o ataque era relacionado com a presença iraniana, mas não com a arma química", escreveu Yadlin, não desmentindo probabilidades de futuros ataques dos EUA a alvos sírios.

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"Neste sentido, seriam relevantes helicópteros e aviões do regime sírio, capazes de transportar armas químicas, bem como a defesa antiaérea do país, cuja destruição recordaria a [presidente sírio Bashar] Assad sobre sua vulnerabilidade", ressaltou. 

No momento, o ex-chefe do serviço secreto Aman e ex-vice-chefe da Força Aérea de Israel, Amos Yadlin, dedica-se a atividades acadêmicas, sendo o chefe do Instituto de Estudos de Segurança Nacional de Tel Aviv. 

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