A recém-criada divisão, que agora faz parte da Frota do Norte da Rússia, inclui estações nucleares de pequeno porte, submarinos movidos a energia nuclear e um grande número de unidades submarinas robóticas, informou nesta terça-feira (10) o jornal Izvestiya, citando fontes do comando naval russo.
Com a implantação de novas tecnologias, a 29ª brigada submarina, baseada em Gadzhievo, na região russa de Murmansk, foi "transformada" em uma divisão completa em janeiro de 2018.
Além da sua aplicação militar, a divisão submarina também pode ser usada para fins civis, incluindo para prospecção da plataforma continental do Ártico.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista militar e capitão-de-mar-e-guerra na reserva Vasily Dandykin comentou que a criação da divisão de águas profundas foi estipulada pela situação estratégica militar e econômica do Ártico.
"No momento os submarinos norte-americanos estão intensificando sua presença, sendo que sua meta principal é impedir a atividade de nossos submarinos nucleares debaixo do gelo ártico. A divisão foi criada para provar que não estamos indefesos e que as ações irresponsáveis dos submarinos norte-americanos receberão uma resposta adequada", assinalou o analista.
"Já por mais de uma vez foi repetido que o Ártico não é somente da Rússia e que a zona pertence a toda a humanidade. A marinha norte-americana intensificou sua atividade, o Canadá está desenvolvendo tropas árticas, a Noruega também se está envolvendo. Até mesmo países não árticos estão tomando medidas para desenvolver suas frotas de quebra-gelos. A zona fria do Ártico está se transformando em uma zona verdadeiramente quente. Para garantir sua segurança, a Rússia está intensificando sua presença terrestre, marítima e aérea'", concluiu o especialista.