De acordo com o centro Stratfor, os EUA planejam realizar uma operação de maior magnitude do que a de abril do ano passado, quando os navios da Marinha dos EUA realizaram um ataque contra a base aérea de Shayrat. Naquele momento, Washington declarou que foi neste local que estavam instalados os aviões com armas químicas, embora não houvesse evidência disso.
Os especialistas acreditam que durante uma nova operação dos EUA, os militares norte-americanos atacariam os lugares associados ao programa de armas químicas sírio e as bases aéreas perto de Damasco: Dumeir, Marj Ruhayyil e Mezzeh. Segundo eles, os EUA não planejam conter Damasco, mas enfraquecer as capacidades do governo sírio de realizar os alegados ataques químicos.
Os analistas sublinham que essa operação envolveria muitos recursos, por exemplo, os destróieres localizados nos EUA. Anteriormente, foi relatado que um grupo de ataque naval dos EUA, liderado pelo porta-aviões USS Harry S. Truman, estava se dirigindo para o mar Mediterrâneo, para atuar na costa da Europa e do Oriente Médio. Segundo os analistas, o destróier levaria uma semana para atingir o Oriente Médio.
Anteriormente, o Ocidente acusou Damasco do alegado ataque com bomba de cloro gasoso na cidade de Douma, situada em Ghouta Oriental, o que supostamente resultou na morte de dezenas de civis. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia declarou que as falsas denúncias de ataques químicos visam proteger os terroristas e justificar uma intervenção militar estrangeira na Síria.
Em 10 de abril, a Rússia e os EUA apresentaram ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) suas propostas de resolução sobre investigação do uso de armas químicas na Síria. As duas resoluções foram rejeitadas.