"Quero expressar a profunda preocupação dos países com a escalada de um conflito militar na Síria […] precisamos para encontrar soluções duradouras baseadas no direito internacional", disse Temer durante a Cúpula das Américas, que acontece em Lima, no Peru.
O presidente brasileiro também colocou a posição de Brasília sobre o suposto uso de armas químicas em Douma, há uma semana, o que serviu de motivação para os EUA, França e Reino Unido realizarem um ataque com mísseis contra três alvos sírios.
"Nós naturalmente condenamos o uso de armas químicas que é inaceitável", declarou Temer.
A preocupação do presidente brasileiro com a situação na Síria foi externada também por outros líderes latino-americanos. Em comum, todos chamaram os países envolvidos ao diálogo para evitar uma escalada ainda maior da situação.
"O México reitera a sua condenação mais ampla do uso de armas químicas. Esperamos que é através do direito internacional e instrumentos multilaterais, como o fim do uso de tais armas consequências tão cruel", afirmou o presidente mexicano Enrique Peña Nieto.
O presidente da Argentina, Mauricio Macri, foi na mesma linha.
"Neste momento delicado Argentina insta a comunidade internacional a fazer esforços que preservem a paz e a segurança internacionais, evitando uma escalada de tensão e de recorrer aos caminhos de diálogo", afirmou.
O Peru, que preside o Conselho de Segurança da ONU, disse que está trabalhando por uma solução política para o conflito na Síria, de acordo com a lei internacional, de acordo com um comunicado de seu Ministério de Relações Exteriores.
Aliás, as Nações Unidas receberam sua cota de críticas do presidente chileno, Sebastián Piñera, depois de defender a prevenção do conflito na Síria.
"Eu quero lamentar a incapacidade da comunidade internacional para a falta de acordo e consenso do Conselho de Segurança das Nações Unidas para implementar mecanismos eficazes que impedem o uso de armas químicas contra seres humanos", comentou Piñera em seu discurso.
Já os mais críticos contra os Estados Unidos foram os governos da Bolívia e Cuba.
"Desde a Cúpula das Américas, em conjunto com os povos irmãos da América Latina, a demanda que o império americano parar a matança de inocentes na Síria, levante o bloqueio criminoso contra Cuba, parando o golpe na Venezuela e suspender o seu muro racista contra o México", disparou o presidente boliviano Evo Morales no Twitter.
Havana também condenou a decisão dos Estados Unidos e seus aliados e descreveu a ação como um "ataque atroz".