"O uso de armas químicas cruza uma linha vermelha que a humanidade não pode mais tolerar", disse no Twitter Yoav Gallant, membro do gabinete de segurança do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Os EUA, ao lado de forças britânicas e francesas, atacaram a Síria com bombardeios durante a noite em resposta a um suposto ataque com gás venenoso que matou dezenas de pessoas na semana passada. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse estar preparado para sustentar a resposta até que o governo de Bashar Assad pare de usar armas químicas.
"O ataque americano é um sinal importante para o eixo do mal — Irã, Síria e Hezbollah", comentou Gallant.
Uma autoridade israelense disse que Israel foi notificado dos ataques antes do tempo. Questionado sobre quanto alerta avançado Israel havia recebido, a autoridade disse à Agência Reuters: "Entre 12 e 24 horas, eu acredito".
Perguntado se Israel ajudou a escolher alvos, o funcionário, que falou sob condição de anonimato, disse: "Não é do meu conhecimento".
O envolvimento do Irã na Síria em apoio a Assad alarmou Israel, que disse que iria contra qualquer ameaça. O Hezbollah, que tem um extenso arsenal de mísseis, lutou pela última vez com Israel em 2006.
Síria, Irã e Rússia dizem que Israel esteve por trás de um ataque aéreo a uma base aérea síria na segunda-feira que matou sete militares iranianos, algo que Israel não confirmou nem negou.
Na quarta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, falou com o primeiro-ministro israelense e pediu que ele não faça nada para desestabilizar a Síria, de acordo com uma declaração do Kremlin. Israel realizou ataques aéreos na Síria regularmente, visando o envio suspeito de armas ao Hezbollah.