O diplomata especificou que os EUA, como uma das maiores potências nucleares, efetuou este ataque maciço de mísseis sem o aval da ONU, "violando a sua própria legislação" e "sob um pretexto completamente inventado".
"Agora, em 2018, nós vemos que o o equilíbrio de forças no campo militar mudou radicalmente a favor da Rússia. Temos uma resposta adequada para qualquer tentativa dos EUA de nos pressionar", frisou.
Além disso, o diplomata sublinhou que, hoje em dia, a corrida armamentista "virou uma realidade perigosa" por causa das ações dos países ocidentais.
Ermakov assinalou que no mundo moderno "não há nenhuma chance" de elaborar um tratado internacional sobre a proibição completa dos testes com armas nucleares, adiantando que Moscou está disposta a iniciar um diálogo estratégico com Washington" em qualquer momento".
"Nossa resposta é muito simples — quando vocês [os EUA] estiverem prontos para tal diálogo, concordaremos e participaremos dele em qualquer momento. Nunca boqueamos esta possibilidade para os norte-americanos", observou.
Na madrugada de sábado (14), os EUA, o Reino Unido e a França realizaram ataques de mísseis contra estruturas governamentais na Síria que, em opinião da coalizão, eram usadas para produzir armas químicas. Foram lançados mais de 100 mísseis, a maior parte dos quais foi interceptada pelos sistemas de defesa antiaérea síria.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou os lançamentos como um ato de agressão contra um país soberano, dado que nem os especialistas militares russos nem os residentes locais confirmaram o alegado ataque químico na cidade de Douma.