Ataque cibernético a servidores russos pode 'custar caro' para Grã-Bretanha

A Grã-Bretanha está pronta para invadir as redes de computadores russos em resposta a possíveis ações "agressivas" de Moscou no ciberespaço, segundo informou o jornal britânico The Sunday Times.
Sputnik

O especialista em ciências políticas Aleksandr Gusev, em entrevista concedida ao serviço russo da Rádio Sputnik, explicou que o Ocidente tenta manter a Rússia em um conflito prolongado.

"Os especialistas em cibernética já 'tomaram espaço' nas redes de computadores da Rússia", escreveu o jornal.

De acordo com a publicação, Londres espera ataques cibernéticos nas principais infraestruturas do país, inclusive no sistema de saúde, e acredita que a Rússia possa espalhar na rede informações "comprometedoras" sobre membros do ministério britânico, parlamentares e outros funcionários de alto escalão, inclusive a própria Theresa May foi alertada pela agência britânica de inteligência.

"Sabemos que a Rússia tem matérias de caráter comprometedor, estamos prontos para isso", disse uma fonte ao The Sunday Times.

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Aleksandr Gusev observou que, de fato, a Grã-Bretanha declarou uma guerra de informação contra a Rússia.

"Nossas diferenças com o Ocidente têm caráter civilizado e as desavenças podem se tornar 'tectônicas'. Nossas maiores mídias, tais como Sputnik, RT e outras, estarão sendo muito pressionadas. Além disso, os servidores das maiores empresas, inclusive as que mantêm comércio com os países da União Europeia, serão influenciadas por hackers instruídos por agencias de inteligência estrangeiras, metendo seus tentáculos em quase todos os países", comentou o especialista. 

Segundo ele, Moscou deve responder às ações de Londres. 

"Para cada ação há uma reação. Os britânicos não devem se esquecer disto. Quaisquer ações dos hackers ou oficiais da MI6 serão interceptadas pelas nossas estruturas […] A Rússia fará de tudo para não cair neste conflito prolongado e para proteger suas fronteiras e as de seus parceiros", disse.

Ele ainda acrescentou que a Grã-Bretanha deve pensar bem antes de atacar os servidores e, apesar de declarar a guerra de informação, isso poderá "custar muito caro" para ela.

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