Embaixador russo: testes nucleares de Pyongyang perto da fronteira russa são inaceitáveis

Moscou não planeja deixar de cooperar com a Coreia do Norte, mas, ao mesmo tempo, adverte o país asiático de que seus testes nucleares ameaçam a segurança da Rússia.
Sputnik

Rússia "está condenada a estar perto" da Coreia do Norte e a cooperar com o país asiático independentemente dos processos políticos que ocorrem na arena mundial, sejam positivos ou negativos, declarou o embaixador russo na Coreia do Norte, Aleksandr Matsegora, em uma entrevista à Televisão Pública de Primorie (OTV-Prim, sigla em russo).

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Além disso, ele destacou que Moscou "cumpre todas as suas obrigações" da resolução da ONU sobre Coreia do Norte, que limitem sua colaboração com Pyongyang na área econômica e em outras esferas. Não obstante, Rússia não planeja por fim à cooperação com o país asiático, mas, ao mesmo tempo, admite que o programa nuclear norte-coreano "é um grande problema".

"Dizemos com franqueza aos nossos sócios norte-coreanos que [seus ensaios nucleares] não nos podem alegrar e satisfazer", afirmou o embaixador russo, lembrando que a área mais próxima ao polígono norte-coreano é a cidade russa de Vladivostok.

"Nossa posição é seguinte: não é possível garantir sua própria segurança por conta da segurança do vizinho", assegurou.

Ademais, o embaixador sublinhou que, devido à proximidade territorial, Moscou não pode "fechar os olhos para o que está se passando" e precisamente por isso apoia as sanções internacionais contra Coreia do Norte. Por esta razão, Rússia aconselha o país asiático a resolver as questões de sua segurança nacional "levando em consideração os interesses de todos os Estados que estão aqui [na região], a manutenção de paz, a tranquilidade e a estabilidade".

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Em 29 de novembro de 2017 a Coreia do Norte realizou o lançamento do seu mais avançado míssil balístico Hwasong-15. O projétil demonstrou capacidades impressionantes em comparação com seu antecessor, o Hwasong-14.

Segundo dados oficiais publicados pela imprensa da Coreia do Norte, o novo míssil balístico intercontinental alcançou uma altitude de quase 4.500 quilômetros e levou 53 minutos para percorrer 950 quilômetros.

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