Rússia e China vão barrar qualquer 'sabotagem' do acordo com o Irã

A China e a Rússia bloquearão qualquer tentativa de "sabotar" o acordo nuclear iraniano, disse nesta segunda-feira o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, pondera se vai ou não desfazer o acordo.
Sputnik

Trump estabeleceu o prazo final de 12 de maio para "consertar" o acordo de 2015, que restringe o programa nuclear de Teerã em troca de sanções e foi fruto de intensa diplomacia envolvendo os EUA, potências europeias, Rússia e China.

"Há tentativas de interferir na ordem internacional da qual as Nações Unidas dependem", afirmou Lavrov após conversar com seu colega chinês, Wang Yi, em Pequim. "Dissemos claramente à China que vamos parar as tentativas de sabotar esses acordos que foram aprovados em uma resolução do Conselho de Segurança da ONU", explicou Lavrov.

Irã está pronto a voltar ao programa nuclear caso EUA abandonem acordo

Lavrov estava falando na véspera de uma reunião da Organização de Cooperação de Xangai, um bloco de segurança regional encabeçado por Moscou e Pequim. Chamando o acordo com o Irã de "uma das maiores conquistas da diplomacia internacional nos últimos tempos", Lavrov disse que "revisar este documento é inaceitável".

Trump ameaçou abandonar o acordo, a menos que as nações europeias concordem em complementá-lo com controles mais rígidos sobre o programa de mísseis do Irã e sua capacidade futura de enriquecer o combustível nuclear.

Seus parceiros sustentam que a implementação do acordo sob o Plano de Ação Integral Conjunto (JCPOA) é a melhor maneira de impedir que Teerã busque uma bomba atômica.

O Irã avisou no último sábado que está pronto para retomar "vigorosamente" o enriquecimento nuclear se os Estados Unidos abandonarem o acordo.

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